A Federação Sindical Mundial – FSM, entidade internacional que representa 110 milhões de trabalhadores de 134 países dos cinco continentes, realizou de 06 a 08 de maio o seu 18º Congresso em Roma, Itália. Após a realização da sua 2ª edição em 1949, em Milão, o país recebe também essa nova sessão.
Com a participação de 419 delegados e delegadas, entre presenciais e virtuais, oriundos de 94 países, mais uma vez a representatividade e o forte comparecimento das entidades sindicais é uma expressão que a concepção sindical classista, internacionalista e de massas é uma necessidade histórica. Nem mesmo os ataques sistêmicos pela desvalorização do trabalho em nível mundial e as restrições sanitárias em curso, inviabilizaram a qualidade do congresso.
Sobre a geopolítica, destacaram-se as opiniões diversas sobre as tensões que envolvem a disputa por uma nova ordem multilateral e o império estadunidense, que insiste em liderar um sistema politicamente esgotado, o unilateralismo.
A Guerra na Ucrânia é uma decorrência desse novo processo histórico. A CTB e o congressistas defendem a paz, mas não se confundem com a mídia global imperialista que tenta eximir-se de suas responsabilidades.
Sobre a nova realidade no mundo trabalho, ganharam ênfases os efeitos da desregulamentação do trabalho e das relações sindicais, das mudanças gerenciais e tecnológicas, com destaques para a terceirização e indústria 4.0. Além de elevar ainda mais a legião de desempregados e desalentados, esse projeto capitalista dispersa politicamente, ideologicamente e organicamente a classe trabalhadora.
Com bases nessas questões centrais, aprovou-se um conjunto de tarefas e objetivos para o próximo período, destacando-se uma campanha mundial por uma jornada semanal de 35horas sem redução salarial. A mesma será lançada no próximo dia 03/10.
Já a data de 1º de setembro, foi incorporada como agenda anual permanente da FSM como dia internacional sindical pela paz. A mesma é referenciada no 1º de setembro de 1939, quando o nazismo alemão declarou o início da segunda guerra mundial.
Após um exitoso ciclo de 2005/2022 a frente da FSM, o Secretário Geral, George Mavrikos deixou suas funções. Foi eleito o novo Secretário Geral, Pambis Kyritsis, dirigente da central sindical do Chipre, PEO (Federação Pan-Cipriota do Trabalho).
Além deste, foram eleitos os novos membros do Conselho Presidencial e Secretariado da FSM 2022/2027. Pela CTB, Divanilton Pereira, foi reeleito como Secretário Geral Adjunto da FSM e membro do seu Secretariado.
O movimento sindical classista continua sua jornada por maiores consolidações e ampliações de direitos. Eis os desafios para o novo coletivo dirigente.
Roma, Itália, 08/05/2022
Por Divanilton Pereira, Dirigente Nacional da CTB e Beatriz Calheiro, Secretária Nacional da Juventude da CTB.
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Delegação da CTB:
Presencial: Divanilton Pereira e Beatriz Calheiro
Virtual: Adilson Araújo, Nivaldo Santana, Maria Pimentel, Vicente Selistre, José Adilson, Assis Melo, Lúcia Maia, Valéria Morato, Ronaldo Leite e Renê Vicente.
