O governo Bolsonaro é extremamente cruel com o trabalhador brasileiro. Sob alegação de que o “custo-trabalho” é muito caro no país faz uma verdadeira devassa nos direitos e deixa o cidadão sem proteção da Justiça, a mercê das empresas. O cenário de cortes fez do Brasil um dos 10 piores do mundo para quem trabalha. O ranking da Global Rights Index (Índice Global de Direitos) tem 149 países.
Para chegar ao resultado, foram analisados 97 indicadores de violações, com base em convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Na lista vergonhosa de 2021 aparecem ao lado do Brasil, Bangladesh, Bielorrússia, Colômbia, Egito, Honduras, Mianmar, Filipinas, Turquia e Zimbábue.
Os números mostram como o ultraliberalismo de nações periféricas é cruel com os cidadãos. De acordo com os dados, 87% dos países violam o direito à greve e 79% desrespeitam o direito de negociação coletiva. Não é só isso. Em 2021, os trabalhadores foram expostos à violência em 45 países e, em 68, sofreram prisões arbitrárias.
Reforma trabalhista
A reforma trabalhista aprovada pelo governo de Michel Temer, depois do golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016, piorou consideravelmente a situação do brasileiro. A medida esvaziou os acordos coletivos e permitiu os individuais, com a queda imediata e drástica de 45% no índice de acordos coletivos.
O relatório destaca ainda que as empresas usam as dificuldades econômicas geradas pela pandemia “como pretexto para violar convenções coletivas e negociação com sindicatos e demitir trabalhadores em massa”. É o caso dos bancos que desligaram mais de 15 mil bancários em dois anos.