Após tentativas frustradas de diálogo com a Prefeitura de Itajubá, os trabalhadores da educação municipal entraram em greve nesta segunda-feira, 13 de dezembro. A paralisação, liderada pelo Sispumi (Sindicato dos Servidores Municipais de Itajubá), deve durar até o dia 15 e exige o cumprimento do acordo coletivo firmado em fevereiro de 2021.
“Estamos brigando por reposição salarial e todos os direitos que estão sendo negados pelo prefeito”, afirma Adilson José Soares, presidente do sindicato. De acordo com Adilson, o prefeito Christian Gonçalves Tiburzio e Silva (DEM) fechou as portas para qualquer conversa com os servidores e principalmente com o sindicato. “Caso não haja disposição para o diálogo, vamos convocar todos os servidores públicos municipais para greve no início do ano letivo.”
Para Valéria Morato, presidenta da CTB Minas, central à qual o Sispumi é filiado, é inadmissível o descaso e a falta de diálogo. “Sabemos da luta da categoria durante a pandemia, que se dedicou de forma admirável aos alunos e à educação, mesmo com a sobrecarga de trabalho e a falta de recursos”, afirmou. “Esperamos bom senso por parte do prefeito para atender aos direitos dos trabalhadores e assim encerrar a greve.”
A greve está tendo boa adesão entre a categoria que, além da reposição salarial, têm outras reivindicações, como a revisão do Plano de Cargos e Carreiras; mais transparência nas decisões sobre a data das férias e pagamento; a garantia dos repasses do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação); mais respeito e valorização aos profissionais da educação; e organização e planejamento por parte da Prefeitura.
*Por Andressa Schpallir