Em assembleia realizada nesta quinta-feira (17), os professores do Recife não aceitaram a contra-proposta oferecida pela Prefeitura da região e mantiveram o estado de greve da categoria.
De acordo com Anna Cristina Davi,coordenadora geral do o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de ensino do Recife (Simpere), os trabalhadores avaliaram que os 4,66% oferecidos não atinge o piso nacional da categoria. Além disso, a contra-proposta, segundo ela, não faz o reajuste do percentual da titulação nem inclui as creches e os centros de educação infantil nas eleições para diretor, como quer a classe. Os professores pedem um reajuste de 15,94%, adequando o município à lei nacional do piso.
Ainda durante a assembleia, os trabalhadores agendaram para sexta-feira (18) um ato público durante a solenidade de inauguração do Instituto Paulo Freire, na Madalena, a partir das 10h. Durante o ato público, os professores vão distribuir uma carta aberta à população denunciando as reais condições de trabalho dos profissionais em educação, a insatisfação da categoria com o governo municipal, apresentando as reivindicações da classe. Após o encontro de hoje, os manifestantes decidiram cancelar a passeata que iriam fazer pela Avenida Conde da Boa Vista.
Na reunião de ontem, os representantes da Secretaria Municipal de Educação, Lazer e Esportes do Recife avançaram nas propostas de aumento da gratificação aos profissionais pós-graduados. Os valores da titulação são de 5% para os especialistas, 6,5% para os mestres e 7,5% para os doutores. A PCR se comprometeu a dobrar esses valores até o final deste ano.
Outro avanço diz respeito ao bônus cultural que a categoria recebe no mês de julho. Neste ano, o valor da gratificação (R$300,00) será pago em dinheiro e não mais disponibilizado em cartão, como antes. Isso garante à categoria o direito de escolher a melhor forma de investir esse valor na sua formação cultural. Em relação ao calendário de reposição, a Secretaria de Educação está analisando a proposta da categoria. O Simpere afirma que vai garantir que a reposição das aulas não prejudique o recesso escolar de julho, um direito garantido da categoria.
Os professores do Recife deflagraram greve geral, no dia 28 de maio, deixando mais de 300 escolas e creches sem atividades. No dia nove deste mês, a categoria decidiu suspender a paralisação geral para acelerar as negociações com a prefeitura, mas manteve o estado de greve e pode voltar a paralisar as atividades qualquer momento.
Com informações das agências