Após seis meses de negociação, os jornalistas do segmento de jornais e revistas da cidade de São Paulo (SP) dobraram os patrões e conquistaram a reposição salarial. O êxito na Convenção Coletiva 2021-2022 marca a nova gestão Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que iniciou seu mandato em setembro.
Segundo Joanne Mota, diretora de Ação Sindical da entidade e coordenadora da Base de Jornalistas da CTB, trata-se de uma “vitória histórica”, alcançada em meio à crise econômica e à pandemia de Covid-19. “Houve uma participação significativa de jornalistas dos principais veículos de comunicação do País, como Folha, Estadão, Valor, Grupo Abril e O Globo”, ressalta a dirigente.
A reposição será de 8,9% nos salários de até R$ 10 mil a partir de dezembro. Para quem ganha acima desse valor, haverá um reajuste fixo de R$ 890. A Convenção Coletiva aprovada também restituiu a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que havia sido suspensa no ano passado.
“Mesmo com a maioria das redações trabalhando de casa, conseguimos mobilizar a base – que chegou a fazer assembleias virtuais com cerca de 350 jornalistas. A categoria pressionou o patronal e arrancou, com muita luta, a reposição da inflação”, afirma Joanne. “É preciso continuar de olho nas ações do patronal. Seguimos firmes no trabalho pela valorização da categoria e pelo fortalecimento do nosso sindicato. Esta campanha deixou claro para a base que só a luta muda a vida!”