O “sertanojo” Sérgio Reis e o “caminhoneiro” Zé Trovão foram traídos. Que dó! Primeiro foi o “mito” Jair Bolsonaro, com sua “cartinha de arrego” ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deixou os dois ao relento. Agora, o ruralista Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), “corneou” seus compadres!
Segundo revela o site Metrópoles, o valentão “tentou se distanciar das ameaças radicais do ex-deputado Sérgio Reis e de Zé Trovão contra o STF em seu depoimento à Polícia Federal. Galvan é investigado por supostos ataques à democracia e é suspeito de ter financiado os atos golpistas no 7 de Setembro”. A PF ouviu o ruralista em 25 de agosto.
“Cinco dias antes, Antonio Galvan havia sido um dos 29 alvos de mandados de busca e apreensão em uma operação que apurou ataques à democracia. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes após pedido da PGR, a operação mirou no ex-deputado e cantor Sérgio Reis, no caminhoneiro Zé Trovão e no deputado Otoni de Paula (PSC-RJ).
R$ 505 mil apreendidos com prefeito gaúcho
A bravata do sertanejo sobre a “invasão do Supremo” foi gravada na sede da Aprosoja. Mas diante do reação do STF, o valentão se borrou. “Galvan afirmou no depoimento que a visita de Sérgio Reis foi sugestão de Zé Trovão, atualmente foragido no México. E que não teria recebido Sérgio Reis na entidade se soubesse o que o cantor falaria. O empresário também tentou se afastar de Zé Trovão: disse ter dado conselhos ao caminhoneiro para que moderasse suas falas”, relata o site.
O ministro Alexandre de Moraes solicitou no mês passado uma apuração sobre R$ 505 mil apreendidos no aeroporto de Congonhas com o prefeito bolsonarista Gilmar Alba, de Cerro Grande do Sul (RS). Há suspeita de que a grana teve origem ilegal na Aprosoja de Antonio Galvan. Isto talvez ajude a explicar porque o ruralista traiu o “sertanojo” e o Zé Fujão.
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Fakhoury fica sozinho na CPI
Em tempo: Outro bolsonarista que está se sentido abandonado é o empresário homofóbico, negacionista e trambiqueiro Otávio Fakhoury. Segundo o jornalista Guilherme Amado, também no site Metrópoles, ele “reclamou da falta de apoio de Jair Bolsonaro e dos seus filhos na sua participação na CPI da Pandemia”, na quinta-feira passada.
“A mágoa está especialmente direcionada a Eduardo Bolsonaro, em cuja Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac) Fakhoury investiu. Ele também percebeu que, no depoimento de Luciano Hang, Flávio Bolsonaro foi pessoalmente para proteger o empresário. Com ele, nada”.