Em Brasília, onde participa da mobilização para derrotar a PEC 32, o presidente da CTB, Adilson Araújo, esteve reunido nesta quarta-feira (22) na sede da Contag com cetebistas que atuam na entidade.
Além de Adilson Araújo e Flauzino Antunes, presidente da CTB/DF, participaram o vice-presidente da CTB e secretário de Relações Internacionais da Contag, Alberto Ercílio Broch (RS), o secretário de Finanças e Administração, Juraci Moreira Souto (MG), a secretária de Política Agrícola, Vania Marques Pinto (BA), a secretária de Meio Ambiente, Sandra Paula Bonetti (PR) e o secretário de Terceira Idade da Confederação, Antônio Oliveira (SE).
“Fizemos uma saudação aos novos dirigentes da CTB que também compõem a direção da Contag”, informou Araújo. “Reafirmamos a importância de priorizar nossa inserção e presença nas bases do sindicalismo rural, junto aos agricultores e agricultoras familiares bem como assalariados e assalariadas. Enfatizamos a necessidade de fortalecer nossa intervenção institucional e ampliar nossa participação política “.
Uma iniciativa da CTB neste sentido é a realização de caravanas no campo, que começam por Bahia e ´Pernambuco nos dias 30 de setembro e 1 de outubro para debater os desafios do movimento sindical. A caravana classista passará pelos municípios de Euclides da Cunha, Canudos, Uauá, Juazeiro, Petrolina, Sobradinho e Casa Nova.
“Também pretendemos realizar um seminário para debater a importância da década da Agricultura Familiar estabelecida pela ONU”, afirmou o presidente da CTB. “Presenciamos a volta do Brasil ao Mapa da Fome da ONU, temos 20 milhões de pessoas passando fome e mais de 100 milhões em situação de insegurança alimentar. Impõe-se hoje uma campanha em defesa da soberania alimentar e a agricultura familiar tem uma importância extraordinária nisto tudo”.
PEC 32
A pressão exercida pelos trabalhadores e trabalhadoras contra a PEC 32, que traduz a nefasta proposta de reforma administrativa de Bolsonaro, está exercendo efeito político positivo em Brasília na opinião do presidente da CTB no Distrito Federal, Flauzino Antunes.
“A votação da PEC 32 foi adiada de ontem (terça, 21) para hoje (quarta-feira, 22) porque o próprio governo não conseguiu ter uma unidade para elaborar o relatório final. A cada reunião da base governista surge uma divergência ou outra e talvez não tenha clima hoje para votar na comissão. Agora devemos também lutar para derrotar a reforma e evitar manobras, como a de levar a proposta diretamente para votação em plenário”, observou.
Já Antonio Augusto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Servidores do Rio Grande do Sul (Sintergs) e secretário de Serviços Públicos da CTB/RS sublinhou a necessidade de intensificar a pressão.
“Estamos mobilizados aqui em Brasília e em vários estados para pressionar os parlamentares e isto está surtindo efeito, o relator ainda não apresentou um relatório final e estão com receio de não ter os votos necessários para aprovar a PEC. Mas é necessário manter e intensificar a mobilização em todo o país contra a PEC 32 e defender o Artigo 6º da Constituição”, conclamou.
A propósito, o Artigo 6º define que são direitos sociais garantidos pela Constituição “a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. Tudo isto pode desaparecer gradualmente se a proposta de reforma administrativa da dupla Jair Bolsonaro/Paulo Guedes for aprovada.
Mas os trabalhadores e trabalhadoras estão convencidos de que podem derrotá-la e impedir o retrocesso ampliando a luta que vem sendo liderada pelos servidores, suas entidades e as centrais sindicais, porém é uma batalha decisiva para a toda a classe trabalhadora e o conjunto do povo brasileiro.