Com o tema “Esperançar o Brasil pela vida, democracia, soberania e direitos”, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) dá início, nesta quinta-feira (12), a seu 5º Congresso Nacional. Os delegados devem aprovar, no início dos trabalhos, um tributo ao sindicalista Wagner Gomes, que morreu de infarto na terça-feira (10).
Ex-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner era uma das principais referências do sindicalismo classista no Brasil e foi um dos grandes construtores da CTB. Primeiro presidente cetebista (2007-2013), ele também esteve à frente da Secretaria Geral da central por duas gestões (2013-2021). Em sua homenagem, o 5º Congresso deve ser batizado de “Congresso Wagner Gomes”.
“Sua ausência fará muita falta. Sua força e dedicação no combate às desigualdades e à luta por um mundo mais humano e menos desigual continuarão nos inspirando”, registrou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Seminário
O Congresso será precedido, na parte da manhã, pelo Seminário Internacional “Crise Global do Capitalismo e o Futuro do Trabalho”. Lideranças sindicais de diversos países, bem como pesquisadores do Brasil e do mundo, estão confirmados. O seminário ajudará a CTB a formular uma resolução política específica sobre o tema em debate.
A instalação oficial do 5º Congresso está prevista para as 14 horas, com a eleição da Mesa Diretora e a aprovação do Regimento Interno. Na sequência, haverá homenagens a sindicalistas vítimas da pandemia de Covid-19, bem como a Wagner Gomes.
#ForaBolsonaro
A parte da tarde também será marcada pelo Ato Político, às 14h30, e pela Apresentação do Documento-Base do Congresso, às 17 horas. O texto enfatiza uma das bandeiras centrais de luta da CTB no último período – a defesa de uma ampla frente contra o governo Jair Bolsonaro e pró-democracia. Neste ano, a CTB participou ativamente de todos os grandes Atos da Campanha #ForaBolsonaro, em 29 de maio (29M), 19 de junho (19J), 3 de julho (3J) e 24 de julho (24J).
Na sexta-feira (13), o destaque será o debate e a aprovação do Plano de Lutas da CTB, além do balanço da direção cessante. A plataforma cetebista ousa propor a realização de uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que reúna todas as centrais sindicais. “É fundamental reforçar a unidade na cúpula e também nas bases da classe trabalhadora do campo e da cidade”, diz Adilson Araújo.
União com a CGTB
Um dos pontos altos da programação acontece no sábado (14): os delegados ao Congresso vão discutir, pela manhã, a unificação da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) à CTB. Conforme o documento-base, a união entre as duas centrais, além de estimular a “unidade mais ampla do movimento sindical”, é uma “iniciativa que fortalece o sindicalismo e a luta classistas no Brasil”.
A Reforma Estatutária e a Carta Programática da CTB também serão debatidas de manhã. Já na tarde de sábado, os cetebistas aprovam a Resolução Política e elegem a nova direção da central (2021-2025). O 5º Congresso será finalizado com um ato político, às 16 horas
Lives culturais
Cada dia da programação do 5º Congresso contará com uma live cultural. Na primeira, nesta quinta, a apresentação será da jurista, sindicalista e musicista Sânia Barcelos, de Minas Gerais – ela também executará o Hino Nacional.
Um dia depois, na sexta, a atividade cultural ficará por conta de Fernando Ferrer e Chocolatte. No sábado, será a vez de Robherval & Dão.
Semipresencial
A programação do Congresso será semipresencial. Nos três dias de atividades, 30 lideranças da CTB estarão reunidas na sede da entidade, em São Paulo, respeitando os protocolos sanitários. Os outros delegados – cerca de 3 mil – devem participar de modo virtual.
As redes sociais da CTB, como a página no Facebook e a TV Classista, vão transmitir as homenagens e as lives culturais, além de mostrar depoimentos de delegados e flashs da programação.