A votação da Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 – reforma Administrativa – na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara devia ocorrer na quinta-feira (21) mas foi adiada. Previsão é de que seja votada na terça (25).
Para o analista do Diap, André Santos, o adiamento da votação se deu por dois fatores fundamentais: a pressão sobre o Congresso Nacional e conflitos na base da situação. “Até na base governista não há consenso pela aprovação da Proposta como está”, afirma.
Congressistas sentem a pressão de Servidores, principalmente do setor da segurança, que compõem a base do governo. “Estamos perto do período eleitoral. Matérias como essa dificilmente são pautadas. Os parlamentares pensam no impacto em seu eleitorado”.
Lideradas pelo Movimento Basta, dezenas de entidades assinaram Carta Aberta contra a proposta de Bolsonaro, que prejudica os trabalhadores e a sociedade. A CTB está na linha de frente da luta contra a PEC. Audiências públicas demonstram à população o desmonte que prejudica principalmente a população carente de proteção social.
Para Antonio Carlos Fernandes Lima, coordenador do Basta e presidente da Confederação Nacional das Carreiras e Atividades de Estado, a luta sindical e social surtiu efeito. “Vejo avanço das forças que priorizam a vida. É momento de priorizar áreas da saúde, segurança, ciência e tecnologia. Setores que estão na linha de frente do combate à pandemia”, avalia.
Pressão será mantida
“Trabalhamos pela não – votação da proposta, que desrespeita os Servidores e a sociedade. Essa PEC conseguiu unificar setores privado e público como jamais tinha acontecido. É vitória da sociedade, do sindicalismo e do belo trabalho que os parlamentares de oposição estão fazendo na CCJ”, conclui o dirigente.
Com agência sindical