O Gabinete de Segurança de Israel afirmou que o cessar-fogo em Gaza foi aprovado por unanimidade. O ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, disse que saudaria o cessar-fogo, mas não será suficiente
O gabinete de segurança de Israel aprovou na tarde desta quinta-feira (20) o cessar-fogo em Gaza após 11 dias de combate com o Hamas.
A reunião do Gabinete de Segurança foi convocada no início do dia (20) pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, terminando após três horas.
O gabinete do primeiro-ministro afirmou que foi aprovado por unanimidade um cessar-fogo em Gaza. Um comunicado divulgado por Netanyahu sustenta que os ministros concordaram em “aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo mútuo sem quaisquer condições, que entrará em vigor em uma hora que será determinada mais tarde”.
Antes da votação, oficiais de defesa apresentaram aos ministros as conquistas militares de Israel na campanha, algumas delas “sem precedentes”, diz o comunicado.
Na quarta-feira (19), um alto funcionário do Hamas, Mousa Abu Marzook, disse esperar que o cessar-fogo aconteça “dentro de um ou dois dias”.
No esteio de uma possível trégua, o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, disse que saudaria o cessar-fogo de Israel, mas não será suficiente, já que Jerusalém continua sendo a questão-chave.
“É bom que a carnificina, o ataque, pare. É bom que o povo palestino, mais de dois milhões deles, possa dormir esta noite, sabendo que terá um dia mais claro amanhã, mas não é o suficiente”, disse al-Maliki.
As tensões entre Israel e o Hamas aumentaram desde o dia 10 de maio, após uma decisão do tribunal israelense de despejar várias famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.
Desde o início das hostilidades, de acordo com o exército israelense, cerca de 4.300 foguetes foram disparados de Gaza em direção a Israel.
Fonte: Sptunik