Paralisação iniciada nesta quinta-feira (13) atinge hospitais vinculados à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) em diversos municípios do país. Decisão foi tomada após impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria. A Ebserh é uma estatal orientada pela política antitrabalhista de Bolsonaro
O movimento é uma resposta dos trabalhadores e trabalhadoras ao descaso da Gestão da EBSERH e do governo federal com os trabalhadores da saúde, na opinião de André Santos e Auricelia Lopes. Ambos são coordenadores do Sindserh-RN (Sindicato Estadual dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares do Rio Grande do Norte), diretores da Confederação Nacional dos Servidores Públicos do Brasil , e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde nas mesas de Negociação com a EBSERH.
Corte de direitos
Conforme os dois sindicalistas já são dois anos de atraso nas negociações, onde além da empresa reter o reajuste inflacionário ameaça cortar direitos e alterar a base de cálculo da insalubridade dos empregados. A alteração da base de cálculo da insalubridade dos trabalhadores, provocando uma redução de cerca de 27% da remuneração.
Ou seja, além de não conceder reajuste, estão querendo reduzir a remuneração dos trabalhadores da saúde. “Diante da mídia, o governo federal chama os profissionais da saúde de heróis, mas pela costas nos apunhalam tentando prejudicar a nós e nossas famílias”, afirmam.
A paralisação nacional começou nesta quinta (13/05/2022) em todo o país e seguirá por tempo indeterminado, segundo as lideranças. Além da ameaça de perda de direitos, a empresa tem coagido os trabalhadores de forma a cercear o direito de greve. “Os trabalhadores da saúde vão resistir, vão lutar e precisam de todo apoio possível”, salientam André e Auricelia.