A presidente argentina, Cristina Kirchner, prometeu nesta ter;a-feira que manterá uma “batalha eterna” pela soberania das Ilhas Malvinas, arquipélago sob dominio britânico no Atlântico Sul, ao mesmo tempo em que esclareceu que esta não será pela via da “força”.
“Vamos seguir na batalha para conseguir o que as Nações Unidas ordenaram, que o Reino Unido e nós nos sentemos para dialogar sobre a soberania”, afirmou Cristina, ao inaugurar esta manhã uma mostra fotográfica em homenagem às mães dos soldados mortos na Guerra das Malvinas, travada em 1982.
Será “uma profunda batalha cultural, diplomática, política, em todas as frentes com todos os instrumentos do direito internacional e do nosso direito nacional na defesa de nosso patrimônio, que não apenas é territorial”, declarou Cristina.
A Argentina tem direitos “históricos, geográficos e jurídicos” sobre o arquipélago, complementou a mandatária, reiterando assim a reivindicação pela soberania das ilhas a poucos dias do aniversário da guerra contra os britânicos, iniciada em 2 de abril de 1982.
Recentemente, após uma empresa britânica passar a explorar petróleo na região, o governo argentino retomou a disputa pelo arquipélago e recorreu à ONU para fazer com que o governo britânico acatasse a resolução da entidade, que determina que ambos os países deveriam entrar em entendimento sobre o que poderia ser feito na área.
Por outro lado, a companhia britânica que atua na região informou ontem que o petróleo encontrado nas Malvinas é de má qualidade, minimizando as grandes expectativas em torno da exploração. Este foi, porém, apenas um dos seis poços que fazem parte da operação.
Ansa Latina