Confira a nota da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FITMETAL) em apoio aos metalúrgicos de Taubaté em razão da crise na industrial nacional que afeta muito a cidade de Taubaté, em São Paulo, que em apenas três meses o importante polo industrial na região do Vale do Paraíba se deparou com o fechamento de duas de suas fábricas mais importantes.
De acordo com o documento, essa crise é fruto não apenas do abandono das políticas industriais no País. É também reflexo da ofensiva ultraliberal impulsionada pela nefasta operação Lava Jato, pelo golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff e a democracia, além do crescente entreguismo do governo federal sob a gestão Jair Bolsonaro. A tudo isso se somou a pandemia de Covid-19, agravada pelo descaso bolsonarista.
Leia a nota na íntegra:
NOTA DA CTB E DA FITMETAL
Todo apoio aos metalúrgicos de TaubatéÉ com grande preocupação que vemos a crise da indústria nacional se abater ainda com mais força em Taubaté (SP). Apenas nestes primeiros meses de 2021, esse importante polo industrial na região do Vale do Paraíba se deparou com o fechamento de duas de suas fábricas mais importantes.
Em janeiro, a Ford, tradicional montadora norte-americana, anunciou o fechamento de suas três unidades no País, incluindo a de Taubaté, responsável pela produção de motores e transmissões. Só essa planta empregava aproximadamente 830 metalúrgicos.
Agora, no último dia 5 de abril, a multinacional sul-coreana LG divulgou o encerramento de sua divisão de smartphone, que também conta com uma fábrica em Taubaté. Dos mil trabalhadores empresa na cidade, cerca de 400 atuam na área de telefones celulares.
Nos dois casos, haverá efeitos negativos em cascata, pois há empresas que serviam majoritariamente – quando não exclusivamente – à Ford e LG. Sem a demanda convencional, essas fornecedoras tendem a demitir em massa e, no limite, a fechar, agravando o quadro econômico e social de Taubaté.
Essa crise é fruto não apenas do abandono das políticas industriais no País. É também reflexo da ofensiva ultraliberal impulsionada pela nefasta operação Lava Jato, pelo golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff e a democracia, além do crescente entreguismo do governo federal sob a gestão Jair Bolsonaro. A tudo isso se somou a pandemia de Covid-19, agravada pelo descaso bolsonarista.
É momento de unir os trabalhadores e outros setores para defender a indústria nacional e a economia brasileira, os trabalhadores e, em especial, a categoria metalúrgica. É preciso empreender esforços unitários para reverter a crise, manter o emprego e a renda, derrubar Bolsonaro e proteger a vida de todos os brasileiros.
Nesse sentido, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) manifestam todo apoio aos trabalhadores de Taubaté que foram direta ou indiretamente prejudicados. Reiteramos também nossa solidariedade ao Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté), ao qual nos colocamos à disposição para somar esforços nessa batalha.
Adilson Araújo, presidente da CTB
Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal