O governador Romeu Zema (Novo), com atraso, adotou a chamada “onda roxa” do programa Minas Consciente. Desde então, está estabelecido o toque de recolher de 20h às 5h e somente serviços essenciais podem funcionar em Minas Gerais.
A presidenta da CTB-MG e do Sinpro-MG, Valéria Morato, fala sobre essa medida e critica, em especial, os donos de escolas particulares que insistem em descumprir as normas estabelecidas.
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“Ao descumprir as regras, esses empresários, que são inescrupulosos, estimulam a circulação dos profissionais da educação e colocam em risco a vida dessas pessoas, mais uma vez, de forma desnecessária. É tudo o que deve e pode ser evitado”, afirma a presidenta da CTB-MG.
Minas Gerais é o segundo estado com o maior número de mortes no Brasil. Até o momento, já morreram 21.303 pessoas. No Brasil, o número de óbitos chega a quase 290 mil.
CPI dos fura-fila
Foi instalada nesta sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o desvio de doses da vacina contra o coronavírus na Secretaria Estadual de Saúde.
De acordo com denúncias veiculadas pela imprensa, centenas de funcionários da secretaria furaram a vila da vacinação. Enquanto isso, Minas Gerais vacinou menos de 5% da população.
Negacionista
O governador Romeu Zema defendeu, nessa quarta-feira, o uso de medicamentos sem comprovação científica no combate ao coronavírus.
Segundo ele, o combate à virose com remédios como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina acelerou a alta de pacientes, principalmente no ano passado.
O infectologista Geraldo Cunha Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), rebateu a fala do governador.
“É absolutamente falso. Estudos mostram que esse “tratamento precoce” não faz isso de forma alguma. Tanto é que não é recomendada por qualquer organização séria do mundo: OMS (Organização Mundial da Saúde), NHS (National Health Service, o serviço de saúde pública do Reino Unido), o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por exemplo”, afirma Cury.
O especialista explica os perigos que circundam a fala do governador, sobretudo no comportamento da população.
“É uma informação falsa que cria mais confusão e ajuda o vírus a se espalhar mais, porque tem gente que toma esses medicamentos e acha que está protegida do vírus”, diz.
CTB-MG com informações do Estado de Minas
Foto: Divulgação/internet/CTB