Em assembleia realizada na quinta-feira (18), os trabalhadores da construção civil de João Pessoa (PB) decidiram continuar em greve e esperar o julgamento do TRT (Tribunal Superior do Trabalho), que decide pela legalidade ou não da greve. O presidente do Sindicato dos Empresários da Construção Civil, Irenaldo Quitans afirmou que só negociará com os trabalhadores quando a greve for interrompida.
Segundo o assessor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sintricom), Erasmo França, as empresas não fizeram uma proposta que agradasse a categoria. De acordo com Erasmo, o julgamento no TRT está previsto para acontecer no dia 25 de março. Porém, segundo ele, fontes não-oficiais revelaram que esse julgamento pode ser antecipado.
Independente do julgamento, os trabalhadores da construção civil se reunirão em nova assembleia na segunda-feira, na sede do Sintricom. Na terça-feira, o Ministério Público do Trabalho emitiu um parecer pela legalidade da greve, o que animou bastante os trabalhadores.
'Alguns canteiros de obras que não haviam paralisado suas atividades, decidiram parar após esse parecer do MPT', revelou Erasmo. 'Nós estamos confiantes que o julgamento será pela legalidade da greve, pois seguimos todos os trâmites legais previstos para uma greve', completou.
Caso a greve seja julgada ilegal, Erasmo afirmou que a categoria vai se reunir e decidir se volta aos trabalhos. O assessor afirmou que essa é a maior greve que o sindicato já realizou em todos os tempos, pois completará 10 dias, ultrapassando uma da década de 90 que durou cerca de 9 dias.'Apesar das ameaças de demissões, com certeza de 75% a 80% dos trabalhadores estão parados', finalizou.
O presidente do Sindicato dos Empresários da Construção Civil, Irenaldo Quitans, disse que a decisão dos trabalhadores de manter a greve não é sensata e que os empresários estão abertos a negociação, 'caso os trabalhadores suspendam a greve'.
Segundo Irenaldo, os empresários ofereceram 9,68% de reajuste enquanto a inflação é de 4,18%, ou seja, mais do que o dobro, e não entendem o porquê dos trabalhadores manterem a greve. Irenaldo ainda afirmou que a ideia é que cheguem logo a um consenso, pois a greve não é boa para ninguém e que a situação se resolva o mais rápido possível.
Sintracom
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