Retirada de estímulos como o auxílio emergencial, combinada à piora da pandemia, vai retardar ainda mais a recuperação da atividade econômica.
Em meio à pandemia de Covid-19 e aos desacertos do governo Jair Bolsonaro, a economia brasileira sofreu sua maior recessão. Conforme mediana de estimativas de 40 instituições financeiras e consultorias, o PIB (Produto Interno Bruto) do País despencou 4,2% em 2020.
Se é verdade que conquistas da oposição a Bolsonaro – como o auxílio emergencial – evitaram um tombo maior, também é fato que a retirada desses estímulos, combinada à piora da pandemia, vai retardar ainda mais recuperação da atividade econômica. Na próxima quarta-feira (3), o IBGE divulgará os dados oficiais referentes ao ano passado. Mas há certa convergência entre as projeções do mercado.
Feitos os ajustes sazonais, os economistas estimam que o PIB avançou 7,7% de julho a setembro, no auge do pagamento do auxílio, com parcelas-base de R$ 600 mensais. Já no quarto trimestre, com o auxílio em R$ 300, o crescimento do PIB ficou em apenas 2,8%.
Para 2021, Bolsonaro anunciou informalmente um auxílio menor (de apenas R$ 250) e para cerca de 30 milhões de beneficiários, sem prazo para iniciar os pagamentos. Com esses ataques ao modelo original do benefício, o impacto para a economia seria inevitavelmente modesto.
Com informações do Valor Econômico