A CTB e outras Centrais Sindicais entregaram, nesta quinta-feira, 28, às 11h, no Palácio Piratini, a pauta de reivindicações dos trabalhadores gaúchos para reajuste do salário Mínimo Regional para 2021. A pauta, elaborada pelas centrais, com a assessoria do DIEESE, fundamenta um pedido de reajuste de 13,79%, ou 1,28 salários mínimos, valor embrionário do Mínimo Regional.
Segundo Guiomar Vidor, presidente da CTB, é inadmissível que os Deputados Estaduais e o Governador do estado tenham zerado o reajuste do Mínimo em 2020, enquanto tivemos um aumento da cesta básica no período de 21,6%, chegando em dezembro ao valor de R$ 615,66. Outro fato relevante, segundo Vidor, é que estados vizinhos como SC e PR concederam, neste período, reajustes de 10,62% e 12,29% respectivamente, e fecharam o ano com saldo positivo na geração de empregos de 67.134 em SC e 61.586 no PR, enquanto o RS, que deu reajuste zero, fechou com saldo negativo de 19.532 vagas, demonstrando desta forma que o Salário Mínimo não é o vilão do desemprego, conforme argumentam setores empresariais.
O dirigente lembra que o piso atende hoje mais de 1,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras gaúchos, os que menos ganham e não possuem representação sindical ou integram categorias com menor poder de negociação, precisando do estado como instrumento de busca do equilíbrio social, da distribuição de renda e das condições mínimas de sobrevivência.
As centrais sindicais, após a entrega oficial, pretendem fazer uma ampla campanha de divulgação da pauta e da importância do governador Eduardo Leite encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto que garanta, além da inflação do último ano, o reajuste negado em 2020 e as perdas sofridas no último período.