Por João Frey para o Congresso em Foco
Um pedido de impeachment assinado por mais de 380 lideranças da igreja católica e de diversas denominações evangélicas foi apresentado na tarde desta terça-feira (26) na Câmara dos Deputados. A articulação surgiu a partir de diversos grupos religiosos e o objeto central do pedido é a ação do governo
Um dos signatários do pedido, o monge menonita Marcelo Barros – teólogo ligado à Teologia da Libertação – afirmou que Jair Bolsonaro, desde sua campanha, tem se beneficiado da divulgação de notícias falsas e da “utilização absolutamente desonesta da religião, de Deus e da Fé”.
“Um dos gritos dessa força que trouxe o atual presidente ao poder era “Deus acima de todos”. Muitos religiosos e religiosas das mais diversas religiões precisavam vir a público para dizer que não estamos de acordo com esta instrumentalização da religião”, disse.
“Não podemos nos colocar nesta mesma fileira de pastores padres e até cardeais católicos que apoiam o pior, que foram contra a democracia, porque no segundo das eleições no segundo das eleições [de 2018] não se tratava mais de um partido contra outro; era a democracia, mesmo problemática que temos, ou a barbárie”, afirmou.
Barros disse ainda que a ação do governo diante da pandemia, que incentivou ações que levaram pessoas à morte, fez crescer ainda mais a articulação de religiosos que sentiram a necessidade de agir.
“Jesus não assinou contrato de exclusividade com nenhum padre, cardeal ou pastor”, afirmou.