A Casa Branca terá um novo ocupante a partir desta quarta-feira (10). Sai o bilionário republicano Donald Trump, que perdeu as eleições realizadas em novembro do ano passado para Joe Biden, do Partido Democrático, que assume a Presidência em cerimônia que deve ter início às 14 horas.
A posse será uma das mais controvertidas e conturbadas da história estadunidense, pois foi precedida de um assalto ao Capitólio por trumpistas inconformados com a derrota no dia 6 de janeiro e ocorre em um momento da pandemia trágico para os Estados Unidos, que já choram mais de 400 mil mortos pela covid-19.
Biden dirigirá um país dividido, dilacerado pela crise sanitária e econômica e com o prestígio e poder geopolítico em franco declínio no mundo. Sua vitória, num cenário político polarizado, foi um revés para a extrema direita global e, em especial, uma clara derrota de Jair Bolsonaro, que apostou todas suas fichas no líder republicano e acusou o democrata de fraudar a eleição.
O líder da extrema direita ficou pendurado na brocha, como sugere a expressão popular. A derrota de Trump foi recebida com alívio e júbilo pelas forças progressistas.
Embora não seja prudente nutrir ilusões em relação ao novo presidente e aos governos liderados pelo Partido Democrata, espera-se mudanças positivas na política externa dos EUA em relação a Cuba e Venezuela, ao meio ambiente, no enfrentamento da covid-19 e dos dramáticos problemas sociais que castigam a classe trabalhadora daquele país considerado o modelo perfeito do capitalismo e que é tão rico quanto desumano e desigual.