Por Francisca Rocha
Segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), São Paulo possui uma das taxas de mortalidade por Covid-19 mais altas do mundo. O estado tem uma taxa de letalidade de 3,1%, enquanto no país esse índice é de 2,5% e no mundo é de 2,1%.
Além desses dados catastróficos, a segunda onda da Covid cresce no país e no estado. E mesmo com o recente início da vacinação, os cuidados precisam ser redobrados porque ao que indicam cientistas a mutação do novo coronavírus pode ser ainda mais mortal.
Nesse contexto, não se pode arriscar a vida de milhões de pessoas com o início das aulas presencias em fevereiro. Já esperamos tanto tempo, podemos esperar um pouco mais e aprimorar o ensino remoto virtual até haver condições do retorno às aulas presenciais, sem ampliar a disseminação do vírus para não colapsar a saúde e para não aumentar o número de óbitos.
Além disso, há que se colocar as professoras e professores entre os setores essenciais para o início da vacinação. Afinal trabalhamos em contato direto com crianças e jovens o tempo todo e na situação precária das escolas todos os trabalhadores da educação estarão correndo riscos iminentes, assim como seus familiares.
O começo da vacinação, mesmo que tardia e ainda bastante lenta, aponta uma luz no fim do túnel do desespero, mas há cientistas prevendo que o mês de fevereiro será ainda pior do que tem sido janeiro.
E todo mundo sabe que a melhor maneira de impedir a rápida disseminação do coronavírus e as mortes resultantes dessa doença é o isolamento social. O retorno às aulas presenciais, portanto, só quando a vacinação estiver em um estágio bastante avançado.
Também é fundamental a continuidade do auxílio emergencial para as pessoas que estão sem rendimentos por causa da pandemia. O auxílio ajuda a preservar vidas e alimenta a economia, ajudando a tirar milhões da fome.
É essencial fortalecer a campanha pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, responsável direto pelo caos instaurado no país. Já anteriormente à pandemia, a economia brasileira estava mal das pernas. A situação só tem piorado desde a posse do atual governo em janeiro de 2019. São 2 anos de afrontas à Constituição, ataques sistemáticos aos direitos humanos, sociais, trabalhistas e individuais.
No Brasil, já são mais de 210 mil óbitos por Covid e mais de 8,5 milhões de contaminados e o presidente insiste em receitar cloroquina, sem ser médico e sem nenhuma comprovação científica da eficácia do remédio.
Mas a sociedade inicia uma reação, unindo-se em torno da democracia, de respeito à vida e às normas constitucionais. O país precisa superar a pandemia e a crise agravada por Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
A mobilização pelo impeachment do presidente genocida é essencial para salvar o país e os brasileiros. Vacina para todas e todos e impeachment já. Precisamos de trabalho e renda e unidade para vencer a crise.