A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Minas Gerais (CTB-MG) realizou nessa segunda-feira (21), de forma virtual, a sua Plenária Estadual. O encontro, que reuniu centenas de dirigentes sindicais do Estado, aprovou uma agenda de lutas para o próximo ano e reafirmou a importância da vacinação contra a Covid-19 para todos os (as) brasileiros (as).
A presidenta da CTB-MG, Valéria Morato, criticou a postura do governo Federal que ignora a pandemia. Até o momento, quase 200 mil pessoas já morreram no Brasil vítimas do coronavírus. Em Minas Gerais, a doença já matou mais de 11 mil pessoas.
“A classe trabalhadora está exposta e é a mais vulnerável nesse momento de pandemia. Somente em Belo Horizonte, 70% das UTIs, em média, estão ocupadas. Defender a vacina é defender a vida”, afirmou a presidenta da CTB-MG.
Durante a Plenária, também foi apresentado um balanço das atividades realizadas ao longo do ano pela CTB-MG. Seguindo os protocolos de segurança, várias ações foram realizadas como cursos de formação, reuniões, encontros e palestras virtuais.
“Sofremos ataques perversos desse governo autoritário, que coloca o movimento sindical como inimigo do Estado. Nas dificuldades, não devemos desanimar e sim aglutinar para acumular forças. Nada nunca foi fácil para a classe trabalhadora. Do céu só cai chuva”, afirmou a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato.
Conjuntura política
O coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Reis, e o deputado Federal e presidente do PSB em Minas Gerais, Vilson da FETAEMG, fizeram uma análise da conjuntura política.
Reis foi o primeiro a falar e, durante a sua análise, explicou que o mundo está passando por uma profunda transformação geopolítica. Segundo ele, a China se apresenta como “futura potência econômica mundial”. “Isso, com certeza, cria tensões entre os países, principalmente com os EUA”, afirmou.
O presidente da Contee ainda fez uma alerta para os trabalhadores ao falar do impacto das tecnologias 5G e 6G nas telecomunicações. “Veremos novas profissões surgirem e outras desaparecerem”.
Já o deputado Vilson da FETAEMG também criticou a postura negacionista do presidente Bolsonaro em relação à pandemia e lembrou da luta dos deputados para ampliar o valor do auxílio emergencial.
“A população precisa saber que Bolsonaro queria oferecer só R$ 200. Após muito debate no parlamento, conseguimos ampliar para R$ 600”, ressaltou ele.
Vilson da FETAEMG falou também sobre um projeto de sua autoria que prevê o pagamento de um salário mínimo para os agricultores familiares. O texto aguarda votação no Congresso Nacional.