Por Railídia Carvalho
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as demais centrais sindicais promoveram nesta terça-feira (18) uma reunião entre lideranças sindicais dos Correios e Ministério Público do Trabalho (MPT) através da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis).
Ronaldo Lima dos Santos, procurador do MPT e coordenador da Conalis, participou do encontro. O objetivo é que a Conalis possa mediar o diálogo entre os trabalhadores e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dirigentes sindicais denunciaram que a direção dos Correios se recusou a dialogar. Na opinião dos trabalhadores, o objetivo da atual direção é privatizar a empresa. José Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), destacou a importância da CTB e das centrais sindicais atuarem como interlocutores entre os trabalhadores e a Justiça.
“Tiraram o plano de saúde e tiraram a comida da mesa. Os trabalhadores estão à própria sorte passando por uma situação angustiante”, afirmou Gandara. “A ajuda que a CTB tem dado com as demais centrais abre as portas para mostrar a nossa realidade para o Congresso Nacional e para a Justiça”, completou o dirigente.
Nesta terça-feira (18) foi deflagrada a greve geral na empresa, que soma cerca de 100 trabalhadores mortos por terem sido contaminados pela Covid-19 durante o trabalho. Entre os direitos atacados pela direção dos correios estão o plano de saúde e o vale-alimentação, que diminuiu 300 reais.
De acordo com o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, a luta dos trabalhadores dos Correios é em defesa da vida e dos direitos. “Além disso a luta também é para evitar que os correios sejam entregues nas mãos de grupos privados que só tem interesse no lucro em detrimento de serviços relevantes que as empresas públicas prestam à população”.
“A CTB e as centrais sindicais apoiam os trabalhadores e trabalhadoras dos correios, que estão mobilizados contra a ofensiva do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes que querem destruir os direitos trabalhistas e abrir o caminho para a privatização da estatal”, finalizou.
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