As centrais sindicais lançam às 20 horas desta segunda-feira (18) uma campanha nas redes sociais pela saída de Jair Bolsonaro.
“Bolsonaro é o principal obstáculo à guerra contra o Covid-19”, declarou o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo.
“É também uma grave ameaça contra a frágil democracia brasileira, por isto estamos lançando esta campanha”, acrescentou.
As condições políticas para o impeachment ainda não estão dadas, mas os dirigentes das centrais estão convencidos de que a destituição do presidente é a primeira condição para enfrentar a crise.
A iniciativa reúne 11 centrais sindicais. O presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, afirma que a insatisfação com o governo de Bolsonaro vem crescendo devido à postura do presidente ante a pandemia da Covid-19.
“Não tem jeito. Chegamos a um momento em que o povo já percebe que o país está sem governo. Só causa confusão”, afirmou Miguel Torres, segundo quem o presidente briga até com a ciência.
O presidente da CTB, Adilson Araújo não esconde as dúvidas sobre a viabilidade do impeachment do presidente. Mas, segundo ele, a mobilização pode fomentar, pode repercutir, levando a manifestações populares.
“Tenho dúvidas se Bolsonaro seria derrotado caso fosse julgado hoje”, admite. “Mas a correlação de forças pode mudar se o povo entrar em massa no jogo”. O presidente da CUT, Sergio Nobre, também manifestou opinião semelhante.
O “Fora Bolsonaro” foi lançado oficialmente às 20h pelas redes sociais e incluirá a fixação de cartazes, a começar nesta madrugada, com a colagem de 10 mil exemplares em São Paulo. Às 21h, haverá uma projeção na cidade.
Adilson Araújo informou que a meta é fixar um milhão de cartazes por todo o país. Na comemoração do Dia do Trabalho, apenas a CTB defendeu o Fora Bolsonaro. CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical optaram pelo “Basta”.
Com informações de Cátia Seabra, na FSP