Brasil já tem a maior delegação entre os participantes da COP 15

Segundo uma lista divulgada pela organização da conferência nesta quarta-feira (9), com dados atualizados de todas as delegações até o dia 4 de dezembro, o Brasil tem 743 pessoas credenciadas para participar do encontro na capital dinamarquesa. Como base de comparação, a China tem 233 nomes e os Estados Unidos, 195. México e Índia, países emergentes como o Brasil, apresentaram uma lista de credenciamento com 31 e 55 pessoas, respectivamente.
 
“A nossa delegação é maior do que o habitual. Há credenciados e não credenciados, e não se sabe se todos virão", afirmou nesta quarta-feira o embaixador extraordinário para mudanças climáticas do Itamaraty, Sérgio Serra.

Serra afirma, no entanto, que nem todos os credenciados pelo Brasil viajam com as despesas pagas pelo governo. "Isso não quer dizer que são 700 pessoas do governo nem 700 negociadores. Mas o governo brasileiro tem uma atitude bastante democrática de aceitar quem quer que seja indicado por um órgão de governo. Achamos que devemos incluir na delegação ONGs, empresas e indivíduos que sejam apresentados por uma entidade. Evidentemente isso não quer dizer que sejam delegados pagos pelo governo, mas há uma mentalidade inclusiva", disse Serra, que está em Copenhague participando das negociações brasileiras para um novo acordo climático.

O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo, justificou o tamanho da delegação afirmando que ela tem "um bom motivo". "Nós acolhemos os representantes da sociedade civil que querem participar. Portanto, ela é grande por um ótimo motivo, por ser inclusiva", afirmou Figueiredo, que será o principal autor da proposta de texto final da COP15.

Quando questionado se o tamanho da delegação se justificaria caso não houvesse acordo na cúpula, Figueiredo respondeu: "Mas é claro que haverá acordo."

De acordo com o Itamaraty, cada órgão, público ou privado, vai custear a viagem de seus representantes, mas não há informações sobre valores. Estima-se que 15% da comitiva sejam membros de governo.

O objetivo de enviar uma comitiva tão grande, segundo o Itamaraty, é "acomodar todos os segmentos" e permitir a seus representantes acesso especial aos setores da conferência de Copenhague que estejam relacionados às suas atividades, além de dar transparência à atuação do governo na cúpula.

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