Atrações culturais diversificadas facilitam a vida em quarentena; fique ligado

Por Marcos Aurélio Ruy

O Festival Mucho! existe desde 2017 com a proposta de “conectar a América Latina através da música”, dizem os organizadores. Desde a terça-feira (14), um artista brasileiro convida um artista de outro país e juntos fazem uma live que nos remetem à unidade latino-americana neste ou em qualquer outro momento.

Assista pela página do Facebook do Festival Mucho! (https://pt-br.facebook.com/festivalMUCHO) ou pelo canal do YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCDYMH09F7vwfLt7Ma5PIMwA) até mesmo as lives anteriores. Vale muito a pena.

Ainda dá tempo de assistir Moska e Kevin Johansen, da Argentina, hoje, às 19h pelas redes sociais do Mucho! @FestivalMucho no Facebook e Instagram – e das produtoras associadas no projeto: @MundoGiras no Facebook e Instagram; e Difusa Fronteira @difusafronteira1, no Facebook, e @difusafronteira, no Instragram. Também é possível acompanhar pelo canal do festival no YouTube.

Neste domingo (19) é a vez da cantora paraense Keila ter a companhia da rapper cubana La Dame Blanche num espetáculo inusitado, a partir das 17h, nos mesmos canais acima. Não perca esta oportunidade de conhecer os novos talentos desta parte do continente americano.

Em carreira solo desde o ano passado, Keila mostra todo o seu talento com um trabalho engajado pela igualdade de gênero. Ela integrava a banda Gang do Eletro.  “Na Gang do Eletro eu era só uma vocalista, entrei com o grupo formado, e eles já tinham o processo deles. Nesse projeto meu, o discurso é mais dedo na cara, mais feminista, com questões que tenho como mulher, mãe e mulher da periferia”, diz.

Yaite Ramos Rodrigues é uma cantora, flautista e percussionista formada no jazz, que adotou o nome artístico La Dame Blanche e aderiu ao movimento hip hop misturando gêneros latinos com o rap. Vale a pena conferir esta voz do rap cubano. Essa live promete.

Cinema

O Instituto Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) disponibiliza uma mostra on-line de curtas e longas-metragens brasileiros até a terça-feira (28). “A mostra Eu no Espaço / O Espaço em Mim apresenta obras que retratam a influência dos indivíduos no espaço, bem como a influência do espaço no indivíduo”, assinalam os organizadores do evento.

A Cidade É uma Só (2013), de Adirley Queirós, denuncia um projeto de expulsão de trabalhadoras e trabalhadores que se alojaram nos arredores de Brasília nos anos 1970, em plena ditadura.

Acompanhe a A mostra Eu no Espaço / O Espaço em Mim pelo link https://www.itaucultural.org.br/mostra-on-line-retrata-a-relacao-do-individuo-com-o-territorio

Já o curta Julho (2019), de Danilo Daher e Daniel Calil, mostra a humanidade à espera do apocalipse, causado seja lá porque for. As pessoas descobrem, no entanto, que o fim da humanidade só pode ser causado pela ganância de uns poucos.

Neste domingo ainda dá tempo para assistir também pelo Itaú Cultural, filmes em parceria com o movimento É Tudo Verdade. Não perca esta oportunidade acompanhe pelo link abaixo https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/ate-19-4-assista-a-duas-mostras-com-filmes-selecionados-do-e-tudo-verdade

Elza Soares

O canal pago Curta! exibe nesta segunda-feira (20), às 22h05, o documentário My Name Is Now, Elza Soares, de 2014, de Elizabete Martins Campos.

Prestes a completar 90 anos, a cantora carioca conta a sua vida e os preconceitos enfrentados até se tornar a “cantora do milênio”, como definiu a emissora britânica BBC.

Qualquer um que tenha conhecimento da trajetória de Elza Soares percebe a sua grandeza como mulher, negra e ser humano, que não se abateu com todas as adversidades enfrentadas em uma sociedade machista e profundamente racista.

Quem ainda não conhece sua vida, pode descobrir por esse documentário e ver como ela se impôs com uma voz imponente e singular no cenário musical. Atualmente seu talento é reconhecido por todo mundo.