A CTB promoveu na manhã desta terça-feira (31) uma videoconferência sobre O coronavírus, a China do século 21 e a crise do capitalismo. Participaram como palestrantes o escritor e professor adjunto da Facudade de Ciências Econômicas (FCE-UERJ) Ellias Jabbour e a cientista política Ana Prestes.
Dezenas de sindicalistas também participaram dos debates, que ressaltaram os contrastes entre as respostas à crise por parte da China socialista e dos Estados Unidos e outros países capitalistas. A diferença essencial reside no papel atribuído ao Estado e na defesa da saúde do povo.
A forma liberal com que a pandemia foi inicialmente abordada nos Estados Unidos, na Itália, Inglaterra e outros países capitalistas acabou resultando em maiores perdas humanas e também para a economia. A China, onde o Estado e o Partido Comunista comandaram a guerra contra a doença, apelando a medidas drásticas como o isolamento de cidades inteiras, já controlou a doença e está cuidando da recuperação econômica, que promete ser rápida e vigorosa.
O resultado, segundo os palestrantes, demonstra a superioridade do socialismo de mercado chinês sobre o capitalismo neoliberal do Ocidente. “O rei está nu e o rei nu é o capitalismo”, comentou Ana Prestes, que é neta do histórico líder comunista Luiz Carlos Prestes, batizado na biografia escrita por Jorge Amado como o cavaleiro da esperança.
A crise do coronavírus jogou luz sobre o conflito entre Estados Unidos e China pela liderança geopolítica do globo, ao mesmo tempo que o acirrou. Vai ficando claro que as contradições entre as duas maiores potências do planeta, uma em declínio advoga o neoliberalismo e outra em ascensão que se proclamou socialista, é a principal força motriz da conjuntura internacional.