Em assembleia convocada pelo Sedin, educadores da infância aprovam participação ativa no 8 de Março

Foi por unanimidade que cerca de 500 professoras e professores da rede pública de educação infantil em São Paulo aprovaram a participação ativa da categoria na agenda de lutas unitária das centrais sindicais e dos movimentos sociais, que tem no próximo domingo, 8 de Março (Dia Internacional da Mulher), uma data prioritária para as manifestações de rua.

A proposta foi apresentada pela presidenta do Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin), Claudete Alves, durante a primeira reunião dos representantes eleitos pela categoria para conduzir a campanha salarial deste ano.

Claudete enfatizou a importância do engajamento dos educadores nas manifestações em defesa da democracia, da igualdade e dos direitos da classe trabalhadora e convidou o presidente da CTB, Adilson Araújo, a discursar sobre a conjuntura nacional.

Araújo afirmou que o  Brasil vive  um momento dramático, marcado por uma brutal ofensiva do governo da extrema direita contra o povo trabalhador, a degradação dos serviços públicos e atentados recorrentes contra a democracia, a soberania nacional e os direitos sociais.

“Temos de reagir, ocupar as ruas para barrar a barbárie neofascista que o presidente Bolsonaro e seus aliados pretendem impor ao país”, conclamou o presidente da CTB. O púbico aplaudiu e reiterou sua concordância ao respaldar por unanimidade a mobilização para a agenda das centrais, começando pelo domingo, 8 de Março.

Na ocasião, Adilson Araújo fez um breve lançamento da segunda edição do livro “O golpe do capital contra o trabalho”, do jornalista Umberto Martins, assessor da CTB, que aborda o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e a inauguração do projeto de restauração neoliberal liderado por Temer, radicalizado na sequência por Jair Bolsonaro.

Reivindicações

Conforme a presidenta do Sedin, as principais reivindicações das trabalhadores e trabalhadores na campanha salarial deste ano relacionam-se aos reajustes de salários e benefícios.

A categoria quer 11,30% de reajuste linear; 10% de reajuste dos pisos remuneratórios do QPE; reajuste do vale refeição e equiparação com os valores pagos na Câmara Municipal; aumentar para até 8 salários mínimos a faixa salarial com direito a receber o vale alimentação e equiparação com os valores recebidos pelos funcionários da Câmara Municipal.