Em visita ao Congresso Nacional, em Brasília, nesta quarta-feira (4) o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, manteve contatos com vários parlamentares com o objetivo de convencê-los a votar contra a Medida Provisória (MP) 905, que instituiu a carteira de trabalho Verde e Amarelo, flexibilizando e reduzindo vários direitos consagrados pela legislação trabalhista e a Constituição.
A atividade faz parte da agenda de luta unitária definida pelas centrais e mobiliza dirigentes de diferentes entidades. O ex-deputado Assis Melo, também dirigente da CTB, esteve ao lado de Araújo na visita à Comissão Mista que analisa a MP 905, que é “um desastre ao mundo do trabalho”, na opinião do presidente da CTB.
“É fundamental fortalecer nossa articulação política e aumentar a pressão para barrar mais esse ataque aos direitos sociais e trabalhistas”, declarou o sindicalista. “A medida vai facilitar a demissão de trabalhadores, enfraquecer definitivamente os mecanismos de registro e de fiscalização do trabalho, liberar o trabalho aos domingos e feriados, taxar o salário-desemprego para bancar as isenções em benefício dos patrões, sacrificando ainda mais o desempregado”, denunciou.
A apresentação do relatório da MP 905 foi adiada. A votação está prevista para o próximo dia 10, uma terça-feira. Dirigentes das centrais sindicais e dos movimentos sociais se reuniram com as lideranças da bancada da oposição na Câmara Federal para definir uma estratégia comum de luta para barrar o retrocesso proposta pelo governo da extrema direita.