Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (27) na sede do Dieese em São Paulo dirigentes das diversas centrais sindicais brasileiras deixaram as divergências políticas e ideológicas em segundo plano para unir forças em defesa das liberdades democráticas ameaçadas pelo governo de Jair Bolsonaro e a horda neofascista que lhe dá apoio e convocou para 15 de março uma manifestação golpista contra o Congresso Nacional e o STF.
“A posição das centrais foi uníssona em defesa da democracia, rechaçando o autoritarismo do presidente Bolsonaro. Esta unidade nos fortalece e certamente vai contribuir para a promoção de grandes manifestações no país”, comentou o secretário de Formação e Cultura da CTB, Ronaldo Leite.
Os sindicalistas reiteram a participação unitária na agenda de lutas que vem sendo definida em conjunto com os movimentos sociais e, em março, compreende duas atividades prioritárias: o Dia Internacional das Mulheres (8) e o Dia Nacional de Paralisações e Lutas em Defesa dos Serviços Públicos, Emprego, Direito e Democracia (18), quando deverão ocorrer paralisações e greves pela manhã e atos unitários à tarde por todo o país.
As centrais orientam as direções estaduais a iniciarem desde já a articulação unitária com os movimentos sociais com vistas à mobilização. O calendário também contempla uma reunião das centrais com parlamentares no próximo dia 3 em Brasília; participação nas manifestações pela democracia no dia 14, aniversário do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.
O motim da PM no Ceará também foi criticado durante a reunião, embora não houvesse consenso em torno do tema. Os sindicalistas se reunião no dia 31 para definir os novos passos da luta e a organização do 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais em São Paulo.