O trabalho infantil ainda é um problema latente no Brasil e tem causado diversos acidentes e, consequentemente, mortes em decorrência das atividades. De 2007 a 2018, 261 crianças e adolescentes morreram por conta do trabalho, de acordo com o FNPETI (Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil).
No período, 43.777 acidentes de trabalho foram registrados com crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos, sendo que muitas ocorrências, envolviam amputações de membros ou traumatismos irreversíveis. Como a subnotificação é regra, boa parte dos casos não entra no sistema por não ter sido lançada como acidente ou morte decorrente de trabalho.
O FNPETI também constatou que a cada 10 trabalhadores infantis que em atuam no país, quase sete são negros. A maioria dos violadores representa grandes empresas do setor de alimentos, vestuário, fumo e construção civil, que, em nome do lucro, ignoram o que acontece nas cadeias produtivas.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país possui quase 2,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando. Entre 2013 e 2018, 938 crianças foram resgatadas de condições análogas à escravidão. Os dados são do Observatório Digital do Trabalho Escravo, desenvolvido pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) em cooperação com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Via Sindicato dos Bancários da Bahia