Participam da mobilização profissionais de diferentes setores, como transportes, saúde, educação e serviço público. A expectativa é que seja uma das maiores paralisações dos últimos anos.
Trabalhadores iniciam nesta quinta-feira (5) uma greve geral na França em protesto contra a reforma da Previdência, proposta pelo presidente Emmanuel Macron. Participam da mobilização profissionais de diferentes setores, como transportes, saúde, educação, segurança e serviço público. A expectativa é que seja uma das maiores paralisações dos últimos anos.
Policiais, garis, advogados, aposentados e motoristas de transportadoras, assim como os “coletes amarelos”, representantes do influente movimento social surgido em novembro de 2018 na França, aderiram à greve. O protesto também recebeu o apoio de 182 artistas e intelectuais, entre eles o economista Thomas Piketty, autor do best-seller “A economia da desigualdade”.
Como resultado, 90% das viagens dos trens de alta velocidade foram canceladas e 10 das 16 linhas de metrô de Paris estavam fechadas. Além disso, centenas de voos foram cancelados e muitas escolas suspenderam as aulas. Cerca de 250 comícios estão previstos em cidades de todo o país.
“Quase 70% dos professores do ensino básico estão em greve. Os números do ensino médio são similares. Nunca havia visto algo semelhante”, disse à AFP Bernadette Groison, secretária-geral do FSU, o principal sindicato dos trabalhadores do setor de ensino.