A política de austeridade imposta aos brasileiros depois do golpe jurídico-midiático-parlamentar joga milhões de pessoas na extrema pobreza. No ano passado, 13,5 milhões de pessoas sobrevivam com apenas R$ 145,00 por mês. O número é o maior já registrado desde 2012, aponta pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número de miseráveis no país apresenta crescimento desde 2014, com a articulação do golpe para derrubar a presidenta Dilma Rousseff. Desde então, o cenário nacional vem se agravando e 4,5 milhões de pessoas voltaram a viver na extrema pobreza.
O desemprego recorde, os cortes nos programas sociais e a falta de reajuste no Bolsa Família aumentam o fosso dos mais pobres. As perspectivas não são nada boas com o aprofundamento da política de austeridade imposta pelo governo Bolsonaro.
A agenda colocada em prática em 11 meses se mostra incapaz de superar a grave crise enfrentada pelo país. Só o mercado ganha, enquanto milhões de pessoas perdem direitos e têm a renda reduzida. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas, em especial a população preta e parda.
O estudo também analisa os impactos no aumento da desigualdade. Entre 2012 e 2014, o grupo dos 40% mais pobres teve um crescimento de R$ 50,00 no rendimento doméstico. A partir de 2015, o número voltou a cair. A situação inversa aconteceu para a fatia mais rica: no fim de 2018, a renda média atingiu R$ 5.764,00, a maior da série histórica.