Trabalhador metalúrgico, católico e combatente, Santo Dias foi vítima da brutalidade da Ditadura Militar por compor o comando da greve dos metalúrgicos que reivindicava aumento salarial, em outubro de 1979.
Durante mobilização para o piquete da greve na fábrica Sylvânia, em 30 de outubro, Santo Dias, com 37 anos, foi baleado pelas costas pelos militares.
Esse episódio temeroso da história dos trabalhadores do Brasil despertou indignação popular, que transformou o enterro de Santo Dias num grande ato político com 30 mil pessoas, em plena vigência da Ditadura Militar. Santo Dias é reflexo da dura vida dos trabalhadores da época e da atualidade, sobretudo daqueles lutadores que sem reparação ou justiça social continuam batalhando cotidianamente.
Aos 40 anos de sua morte, os trabalhadores do Brasil, através das Centrais Sindicais e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, se reúnem no próximo dia 28 de Outubro para relembrar e prestar homenagem à trajetória de lutas do operário metalúrgico que tombou em defesa dos trabalhadores e da democracia.