As categorias dos portuários e dos guardas portuários do Pará e Amapá, em campanha salarial, buscam negociações com a diretoria da Companhia Docas do Pará (CDP).
Em assembléia geral realizada no último dia 24/09, a categoria rejeitou a contra-proposta da CDP, definindo realizar paralisações das atividades nos Portos da Companhia, nesta quinta-feira, 26/09, para manifestar a insatisfação dos trabalhadores e trabalhadoras contra a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Dalton Beltrão, Presidente do Sindicato dos Portuários do Pará e Amapá (Sindiporto), afirmou que a CDP retrocedeu na proposta inicial de ACT e ataca direitos históricos conquistados há mais de 30 anos pelos trabalhadores/as.
Rodrigo Rabelo, Presidente do Sindicato dos Guardas Portuários do Pará e Amapá, disse que a última proposta de ACT, encaminhada pela Companhia, os trabalhadores/as poderão ter reduções significativas de salários em até 35%. Fato inadmissível pelos trabalhadores/as.
Para os dirigentes do Sindiporto e Sindiguapor, sindicatos filiados a CTB, o momento é de paralisação e construção de uma forte greve na categoria, caso a Presidência da CDP não reveja a proposta e não negocie um ACT que garanta a preservação dos direitos adquiridos e busque a reposição salarial dos funcionários da estatal.
Na última sexta-feira, 20/09, ocorreu um ato e audiência na sede CDP, em Belém. Na oportunidade os dirigentes do Sindiporto e Sindiguapor, acompanhados do Presidente da CTB Pará, Cleber Rezende, foram recebidos pelo Presidente da CDP, o engenheiro Eduardo Henrique.
As negociações não avançaram e nova paralisação ocorrerá nesta quinta-feira, 26/09, nos portos no Pará e Amapá, podendo iniciar a greve geral, por tempo indeterminado, na segunda-feira, 30/09.