Embaixador da Rússia na Venezuela, Vladímir Zayemski disse que a notícia não condiz com a realidade. “O trabalho que eles vieram fazer continua vigente, obedecendo os compromissos existentes entre os dois países”
pós toda uma segunda-feira (4) pautada pelo rumor de que os especialistas militares russos presentes na Venezuela teriam deixado o país – informação difundida pelo jornal The Wall Street Journal e que chegou a ser retuitada pelo presidente Donald Trump – o embaixador da Rússia na Venezuela, Vladímir Zayemski, realizou uma pequena coletiva para desmentir essa informação.
Segundo o diplomata, a notícia não condiz absolutamente com a realidade. “O trabalho que eles vieram fazer continua vigente, obedecendo os compromissos existentes entre os dois países, e não se falou em nenhum momento sobre uma redução”, declarou Zayemski.
Vale lembrar que a Venezuela começou a receber especialistas e aviões de guerra russos a partir do mês de dezembro – outras duas levas chegaram ao país em janeiro e em março, meses em que foi mais intensa a pressão contra o governo de Maduro, a partir da estratégia de obter reconhecimento internacional à autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino do país.
A informação do The Wall Street Journal citava uma fonte anônima para dizer que a Rússia já havia retirado consideravelmente o número de assessores militares do seu país na Venezuela, supostamente devido à uma incapacidade de pagar por essa assessoria por parte do governo de Caracas.
Quem também desmentiu o jornal estadunidense foi a estatal russa Rostec, afirmando que também se equivocaram em estimar o número real de especialistas russos presentes no país: “as cifras que figuram no artigo são dez vezes maior que a realidade”.
O comunicado da Rostec também esclareceu que a corporação, além de uma representação permanente, também envia periodicamente os seus grupos de especialistas técnicos para realizar trabalhos de manutenção e reparação dos equipamentos fornecidos pelos russos.
Já o consórcio russo de vendas militares Rosoboronexport declarou que também continua trabalhando na Venezuela. “Nossa empresa dá atenção especial à implementação dos acordos sobre a criação de empresas de defesa na Venezuela, e a capacitação de especialistas na manutenção do equipamento fornecido anteriormente”, indicou um comunicado difundido pela companhia.
Com informações do RT.