O movimento sindical brasileiro está unido para as manifestações de 22 março, sexta-feira da próxima semana, quando será realizado um Dia Nacional de Lutas e Paralisações contra a reforma da Previdência proposta pela dupla Bolsonaro/Paulo Guedes. “Estamos intensificando a mobilização”, garantiu o secretário geral da CTB, Wagner Gomes. “Todas as centrais sindicais estão envolvidas e com posição unificada em defesa das aposentadorias e da Previdência Pública”.
Nesta terça (12) sindicalistas do setor de transporte (que compreende metroviários, ferroviários, motoristas, cobradores e outros profissionais) estiveram reunidos na Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Paulo para definir a participação de suas categorias nas manifestações.
“Foi uma reunião muito boa e representativa”, constatou o metroviário Onofre Gonçalves de Jesus, que representou a CTB no encontro. “Participaram presidentes e dirigentes de quase todos os sindicatos de São Paulo e da Grande São Paulo, além de Sorocaba, o que demonstra a preocupação generalizada com o tema”.
Ele acrescentou que há “grande disposição de lutar contra mais este retrocesso, vamos ter uma boa participação dos transportes na próxima sexta-feira e também estamos preparando o espírito para a deflagração de uma greve geral, que vai primeiro depender das orientações provenientes das centrais”.
Pode ocorrer paralisações parciais dos transportes no dia 22, segundo os sindicalistas. O setor é como uma espinha dorsal de qualquer greve geral, pois quando é paralisado afeta indistintamente todos os demais ramos da economia nacional, impactando o comércio, a indústria e os serviços de uma forma geral, cujos trabalhadores dependem do transporte público.