Pelo menos 300 militantes dos movimentos sociais marcaram presença no ato realizado nesta sexta-feira à tarde em defesa da soberania da Venezuela. A manifestação ocorreu diante do consulado do país, na rua general Fonseca Téles, 564, no bairro Jardim Paulista. Participaram dirigentes da CTB, CUT, Intersindical, Cebrapaz, entre outras organizações dos movimentos sociais, e de partidos políticos de esquerda (PCdoB, PT e Psol).
“Foi um ato que reuniu lideranças políticas de diferentes organizações em defesa da soberania da Venezuela, contra a intervenção militar dos EUA e por uma solução pacífica para o conflito que abala o país”, resumiu o secretário de Relações Internacionais da CTB, Nivaldo Santana.
Carta traduz desejo do povo
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou nesta quinta-feira (7) a carta que vai enviar à Casa Branca como forma de rejeitar a ingerência dos Estados Unidos contra a Venezuela. Na Praça Bolívar, em Caracas, o chefe de Estado também assinou o documento, subscrito por cerca de 10 milhões de venezuelanos.
“Assino pela paz, pela soberania sagrada da Venezuela em apoio ao direito à independência, à autodeterminação do povo da Venezuela”, disse Maduro. “Esta carta foi escrita pensando nas crianças e no futuro do país, no sagrado direito que temos à paz, com a convicção de autonomia”, disse o presidente venezuelano, que ressaltou que a carta é especialmente dirigida ao povo dos Estados Unidos.
Ele lembrou que a Venezuela está ameaçada pelos Estados Unidos e seu desejo de assumir o controle dos recursos do país. Denunciou que o governo dos Estados Unidos quer tratar nossas fronteiras com o mesmo ódio que teve contra o Vietnã, para invadir a Venezuela “em nome da liberdade”.
Maduro enfatizou que o povo venezuelano resiste porque tem um alto nível de participação na tomada de decisões políticas. Ele alertou o povo estadunidense de que a invasão da Venezuela é um perigo e denunciou que o presidente Donald Trump tentou sabotar o diálogo entre o governo e a oposição, ideia promovida pelo México, Uruguai e Bolívia.
“Sabemos que para o bem da Venezuela é preciso sentar e conversar”, disse Maduro. A carta aberta se refere também ao bloqueio financeiro imposto por Trump e que afeta a economia venezuelana. E frisou que uma agressão viola a Carta das Nações Unidas, que rejeita o uso da força nas relações entre os países.
No final, o presidente Maduro pediu aos estadunidenses que acompanhem os venezuelanos na rejeição às ameaças e ações de interferência do governo dos EUA contra a Venezuela.
Da Redação, com informações da Agência Venezuelana de Notícias