Em 2003 o Brasil rompe com a política neoliberal implementada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, e começa a trilhar novos rumos com os governos populares de Lula e Dilma Rousseff.
A juventude que desde a redemocratização de 1988 a era de FHC não tiveram uma perspectiva de futuro, nos governos populares obtiveram muitos avanços nas mais diversas áreas, sobretudo nas políticas públicas como os investimentos em educação, expansão do Ensino Técnico junto aos IF’s por todo o Brasil, com a criação de novas Universidades e aberturas de milhares de novas vagas dando mais acesso e qualidade ao ensino, colocando o filho do trabalhador dentro das instituições de ensino superior, ampliou o FIES dando a oportunidade para a juventude poder financiar seus estudos, criaram oportunidades para os jovens saírem do país para estudar via o Ciências Sem Fronteiras, são inegáveis os avanços na área educacional brasileira.
Tivemos a criação do Estatuto da Juventude e seu Conselho Nacional que garantiram vários direitos para a nossa juventude, investimentos nas áreas esportivas, culturais, sociais, sobretudo promovendo dignidade e perspectiva para a nossa juventude.
Após o golpe institucional, político-jurídico-midiático, que retirou Dilma Rousseff da presidência, as pautas contra os interesses da juventude vieram como prioridade pelo governo de Michel Temer e seus aliados, Lei da Mordaça, Redução da Maioridade Penal, Reforma do Ensino Médio, Fim do Capes, menos vagas nas universidades, cortes nas verbas da educação, CPI da UNE, sem contar com o ódio pregado contra as mulheres, negros, LGBT e a perseguição contra as Centrais Sindicais e entidades dos movimentos sociais, essas foram umas das primeiras medidas do Governo Golpista de Temer, contra o povo e suas conquistas.
Governo esse que votou com mãos de ferro a Reforma trabalhista que retirou direitos conquistados com muitas lutas pela classe trabalhadora, que colocou as mulheres grávidas em situações de vulnerabilidade no trabalho, medidas que atacam os trabalhadores e favorecem os patrões, medidas implementadas pelo governo que não ouvir o povo e nem as ruas, e com o apoio dos congressistas das bancadas da bala, do boi e da bíblia entre outros que na primeira oportunidade colocaram suas medidas maldosas na pauta do dia contra os interesses do povo.
Uma das poucas derrotas do Governo Temer, foi a não votação da Reforma da Previdência, mas na oportunidade conseguiu acabar com tudo o que foram de conquistas sociais e principalmente voltado para os mais pobres e para a classe trabalhadora, e os jovens por sua vez foram os mais afetados, o desemprego aumentou, mais violência nas periferias e mortes na sua maioria de jovens pobres e negros, os cortes na educação fez com que houvesse evasão e precarização do ensino, terceirizaram o ensino médio cortando oportunidades da formação e qualificação para os jovens, inviabilizam a juventude adentrarem no mercado de trabalho, o desmonte foi geral e mais uma vez os jovens estão sem perspectiva de futuro.
Após as eleições de 2018 as incertezas aumentaram, mas caberá aos jovens principalmente aqueles que tem coragem e que nunca desistiram de um Brasil democrático, soberano e progressista, mudar o que está posto pelos golpistas, neoliberais e fascistas, portanto caberá a juventude desarmados, de armas de fogo, contra os generais armados, mas armadas da mocidade, da coragem e esperança para um novo amanhã. Lutaremos e venceremos na retomadas do Brasil para os interesses da juventude e da maioria de seu povo, a classe trabalhadora.
*Rafael Galvão, é conselheiro Estadual de Educação do Pará e dirigente da União da Juventude Socialista – UJS/PA.
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