A classe trabalhadora ganha mais um aliado na luta contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas no Congresso Nacional. O sindicalista Vilson Luiz Silva foi eleito deputado federal pelo PSB-MG com mais de 70 mil votos (70.481).
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Vilson é vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), entidade que completou em 2018 meio século de história.
“É uma grande conquista para mim, para a central, para a federação. Vou difundir nossas ideias do campo, por uma agricultura sustentável, e defender a saúde, a educação, os investimentos básicos e os programas sociais”, diz Vilson. Ele se define como “um homem da roça, um puxador de enxada”, nascido e criado no campo, onde foi líder comunitário e iniciou sua atuação sindical e formação política.
Vilson Luiz durante a 12ª edição da Agriminas, a maior feira da agroindústria familiar do estado
“Sempre atuei na defesa dos direitos da classe trabalhadora rural e agora no Congresso essa responsabilidade será ainda maior, com a defesa dos direitos do povo trabalhador e combate às políticas que nos penalizam”, afirma o dirigente.
Vilson lutará pelo fim da famigerada Emenda Constitucional 95, que bloqueou os investimentos públicos por 20 anos, e defende a retomada do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que foi reduzido a uma secretaria subordinada ao ministério da Casa Civil pela gestão de Michel Temer.
Vai combater também o “pacote do veneno”, projeto que tramita no Congresso e amplia o uso de agrotóxicos no país. “É uma manobra para ajudar as multinacionais às custas da saúde do brasileiro. É possível ter qualidade e quantidade sem a necessidade de tanto veneno. Vamos usar a tecnologia, institutos como a Embrapa, a nosso favor”, afirma o dirigente.
Na pauta muitos outros temas importantes, como a reforma agrária, o fortalecimento da agricultura familiar, a valorização da educação no campo e estímulos para que a juventude não abandone a zona rural.
O dirigente não subestima os desafios que terá pela frente. Seu apoio é para Fernando Haddad, que seria, em sua opinião, “um presidente de diálogo”, mas se vier Bolsonaro vai enfrentar resistência.
“Para sermos fortes teremos de nos unir”, diz ele. “Trabalharei pelo diálogo, buscando alianças com os parlamentares do campo progressista e será preciso muita maestria para realizar esta união. Mas faremos barulho. Não vamos nos calar”.
Portal CTB