Enquanto os correligionários do ódio espalham fake news no submundo da internet, destilando fel, dois vídeos viralizam para mostrar que ainda somos humanos. Num deles o cantor e compositor paulista Arnaldo Antunes declama emocionado uma ode ao amor e à vida.
“No coração do Brasil, que tento sentir pulsar ainda entre a luz de Luiz (Melodia) e a treva desse buraco vazio que não pulsa mais no peito”, desabafa Antunes. E segue sua crítica à ignorância do violento exército de quem não sabe o significado da palavra amor.
“Como explicar a lei da gravidade para quem ainda crê que a terra é plana”, questiona o compositor. Isso em pleno século 21. O Estado Islâmico está morrendo de inveja dos nazistas tupiniquins que querem impor a violência atacando todas as pessoas que pensam.
Assista ao desabafo emocionado de Arnaldo Antunes
Já o professor e historiador Leandro Karnal explica didaticamente que “elogiar a tortura é declarar-se inimigo de Jesus Cristo”. E ainda conta que as “pessoas de bem” da época, torturaram, humilharam, falaram mal e crucificaram Cristo, em nome de Deus. Existe um Deus do ódio?
Quantas barbaridades vêm cometendo em nome de Deus? Seguidores do candidato do ódio atacam covardemente em bandos pessoas sozinhas, mulheres de preferência, picham frases racistas em universidades e desenham a suástica nazista em clube judeu e a polícia fica na praça “dando milho aos pombos”.
Preste atenção nas palavras de Leandro Karnal
Essas “pessoas de bem” propagam fake news (mentiras) pela internet e já na luz do dia batem, ofendem, agridem pessoas nas ruas. Chegaram a desenhar a suástica nazista na barriga de uma jovem de 19 anos em Porto Alegre e o delegado que investiga o caso ameniza dizendo que é o símbolo do budismo. Em vez de investigar a violência. Ou as pessoas podem atacar as outras por pensar diferente?
É da lei desenhar à força alguma coisa no corpo de alguém com canivete? Mesmo porque, sete meses depois do assassinato de Marielle Franco e ainda não se sabe quem a matou e muito menos quem a mandou matar.
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Como diz o artista baiano, Caetano Veloso é necessário dialogar com “a mente dos brasileiros, de todos os brasileiros que são capazes de pensar e acalmar a cabeça e o coração para metabolizar os sentimentos humanos”.
Ouça “A paz”, de Gilberto Gil e dissemine a paz
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB