Em levantamento preliminar feito pelo DIAP, em parceria com a empresa Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical, a composição das bancadas da futura Câmara não será muito diferente da atual, com pequeno crescimento da direita e da esquerda e encolhimento discreto do centro.
Para manter ou ampliar suas bancadas — especialmente pelo interesse nos recursos dos fundos eleitoral e partidário e no horário eleitoral gratuito — os partidos, como regra, utilizaram 2 tipos de estratégia:
1) promover coligações visando um melhor desempenho; e
2) escalar seus principais nomes para a Câmara Federal, notadamente deputados estaduais bem votados, como fez o PT e outros partidos à esquerda e à direta do espectro político.
Pelo levantamento preliminar, o PT terá a maior bancada, seguido do MDB, PSDB, PP e PSD, num intervalo entre 40 a 65 deputados. Num 2º grupo estão o PR, seguido do DEM, PSB, PDT e PRB, com bancadas variando de 20 e 40 deputados. Num 3º bloco estão: PTB, PSL, Pros, PSC, PPS, PCdoB, Pode, PSol e SD, com bancadas entre 10 e 20 deputados. Num 4º grupo, entre 5 e 10 deputados, estão a Rede, o Novo, o Avante e o PV. E por, último, abaixo de 5, estão: PRP, Patriota, PRTB, PTC, etc.
ELEIÇÕES 2018 : CÂMARA DOS DEPUTADOS BANCADAS PARTIDÁRIAS |
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PARTIDO | ELEITA EM 2014 | ATUAL | PROGNÓSTICO DIAP 2018 – MIN/MAX | PREVISÃO DOS PARTIDOS |
PT | 68 | 61 | 55-65 | 60-72 |
MDB | 65 | 51 | 44-50 | 55 |
PSDB | 54 | 49 | 42-50 | 55-60 |
PP | 38 | 50 | 40-48 | 52-60 |
PSD | 36 | 37 | 36-44 | 45-50 |
PR | 34 | 40 | 36-40 | 40 |
DEM | 21 | 43 | 28-36 | 40-45 |
PSB | 34 | 26 | 27-34 | 30-35 |
PTB | 25 | 16 | 16-20 | 25-27 |
PRB | 21 | 21 | 22-30 | 20-30 |
PDT | 20 | 19 | 24-30 | 30-40 |
PSL | 1 | 8 | 15-18 | 30 |
SD | 15 | 10 | 9-18 | 27 |
PSC | 13 | 9 | 10-14 | 15 |
Pros | 11 | 11 | 11-16 | 21 |
PTN/Pode | 4 | 17 | 10-13 | 20 |
PPS | 10 | 8 | 11-13 | 12-15 |
PCdoB | 10 | 10 | 10-12 | 13-14 |
PSol | 5 | 6 | 8-12 | 12 |
PV | 8 | 3 | 6-10 | 16 |
Rede | 0 | 2 | 6-10 | 9-15 |
Novo | 0 | 0 | 5-10 | 15 |
PTdoB/Avante | 2 | 5 | 5-8 | s/previsão |
PRP | 3 | 0 | 3-5 | s/previsão |
PMN | 3 | 0 | 0-1 | s/previsão |
PEN/Patriota | 2 | 5 | 1-3 | s/previsão |
DC | 2 | 0 | 0-1 | s/previsão |
PTC | 2 | 0 | 1-2 | s/previsão |
PRTB | 1 | 0 | 1-2 | s/previsão |
PHS | 5 | 4 | 0-2 | s/previsão |
PPL | 0 | 1 | 0-1 | s/previsão |
PMB | 0 | 0 | 0-1 | s/previsão |
Fonte: DIAP e Queiroz Assessoria
O levantamento evidencia também que haverá elevado índice de reeleição e grande “circulação no poder”, com deputados estaduais, senadores, ex-ministros, ex-deputados, suplentes bem votados, ex-prefeitos e ex-secretários se elegendo para as vagas decorrentes de desistência de atuais deputados e da não-reeleição daqueles que tentaram renovar seus mandatos.
Os poucos efetivamente novos serão eleitos por serem policiais linha dura, evangélicos fundamentalistas, celebridades ou em razão da força do dinheiro e da relação de parentesco com oligarquias estaduais.
Sobre as motivações do elevado índice de reeleição e a “circulação no poder”, recomendo a leitura dos artigos de nossa autoria com os títulos “Porque a renovação do Congresso tende a ser baixa?” e “Câmara Federal: renovação ou circulação no poder?”, que estão disponíveis para busca livre na internet.
O levantamento completo e atualizado — com a projeção por estado e por coligação, acompanhado dos nomes competitivos em cada partido — será divulgado até o dia 30 deste mês, em relatório em fase de elaboração pela equipe do DIAP e da Queiroz Assessoria.
*Antônio Augusto é diretor de Documentação do Diap e sócio-diretor da Queiroz Assessoria.
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