Desde a última segunda-feira (24), as centrais sindicais e organizações sociais da Argentina promovem manifestações e uma greve geral de 36 horas em repúdio às medidas de austeridade adotadas pelo presidente Mauricio Macri, impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), após acordo firmado em junho.
Contra acordo com FMI, greve geral paralisa a Argentina nesta segunda (25)
O país vive uma grave crise econômica com desvalorização da moeda, aumento da taxa de jurus e da inflação, alta do desemprego, demissões em massa, aumento do custo de vida e da pobreza.
A greve, convocada pela Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), CTA-Autônoma e Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), teve a adesão de diversas entidades sindicais como a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) e também de importantes categorias como: metalúrgicos, bancários, docentes, transportes entre outras. Esta é a quarta greve geral no país em menos de três anos.
Solidária com a classe trabalhadora e a população argentina a Federação Sindical Mundial (FSM) divulgou uma nota em apoio à paralisação e denunciou também a repressão violenta aos protestos sociais. “O panorama de futuro com estas políticas anti-trabalhadores é sombrio para o povo argentino”, denuncia o comunicado (Leia aqui a íntegra em espanhol). A FSM exige ainda que as reivindicações da população sejam atendidas.
Em meio à crise e aos protestos sociais, o presidente do Banco Central, Luis Caputo, renunciou ao cargo nesta manhã alegando motivação pessoal. Esta é a segunda renúncia de um presidente do BC no país durante o atual governo, a primeira foi a de Federico Sturzenegger, há cerca de três meses.
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