A agricultura é tão importante para a formação econômica brasileira que há uma série de datas comemorativas. Ela mesmo é festejada no dia 17 de outubro; o Trabalhador Rural, no dia 25 de maio; o do agricultor em 28 de julho e o Dia Internacional da Agricultura Familiar, no dia 25 de julho.
No Brasil, o dia do Agricultor é em homenagem aos cem anos da criação por Dom Pedro II da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, em 1860. Passa a ser nomeado como Ministério da Agricultura em 1930, data proposta pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
Além das comemorações, o que não faltam são motivos para destacar o papel do campo no desenvolvimento nacional. Ninguém em sã consciência defende um projeto nacional de desenvolvimento desconsiderando o papel do agricultor. A nossa agricultura somente é pujante e forte por conta do empenho das pessoas que vivem do trabalho no campo.
Os números comprovam essa relevância. A previsão da Conab estima que a colheita 2017/2018 será a segunda maior da história. Embora 3,9% menor que a anterior por sofrer tanto pela seca na safra de milho como pelas incertezas geradas pela guerra comercial em curso no mundo. Aliás, é importante lembrarmos que dos 20 bilhões de dólares que entraram no país através dos chineses, boa parte foi para produção de energia e agropecuária.
O setor gera milhões de empregos – em especial a agricultura familiar que responde por cerca de 85% do pessoal ocupado no campo – numa grande cadeia de produção que vai da roça, passa pela agroindústria e termina numa gôndola de supermercado.
Embora respeitado como um dos principais produtores agrícolas do mundo, a agricultura familiar brasileira precisa ainda ser mais valorizada, principalmente com mais crédito, investimento em pesquisa e tecnologia.
Temos muito o que aprender com uma profissão que existe há mais de 3.000 anos A.C e se mantém como a menina dos olhos em qualquer geopolítica internacional.
Aos agricultores familiar, todas as deferências e datas são merecidas.
Sérgio de Miranda é secretário nacional de Finanças da CTB e vice-presidente da Fetag Rio Grande do Sul