“A pior ditadura do mundo é a ditadura do poder judiciário, contra ela não há a quem recorrer” Rui Barbosa
Entre tantos dias de trevas que esse país tem vivido, hoje é mais um. Um desembargador do Tribunal Regional Federal da quarta região, instância superior a do juiz Sérgio Moro, conhecido algóz e perseguidor-mor do ex-presidente Lula, concede um Habeas Corpus (HC) ao ex-presidente, que está preso sem provas e por debaixo de um processo viciado e fraudulento.
O juiz inquisidor de primeira instância que está de férias, ao tomar conhecimento por meio de vazamento ilegal de informação, emite um despacho para mandar a Policia Federal (PF) desobedecer a referida ordem judicial. O desembargador reage e renova a ordem de soltura e a PF, então, desobedece novamente e não cumpre.
Ato seguinte, vem um outro juiz, também de férias, numa manobra articulada e sem que ninguém tenha provocado, desautoriza o desembargador prolator do HC e determina que o ex-presidente tem que ficar preso.
Para completar o cenário sombrio, um general, sempre eles, suge nas redes sociais dando declarações rasteiras com o intuito de ameaçar a sociedade civil com o manto podre e assassino da ditadura dos militares que tantos crimes cometeu contra a democracia e a humanidade.
A mídia golpista, por sua vez, agiu rápido e logo se encarregou de “entrevistar” os “”especialistas” de coleira para legitimar a trama e estes logo se prestaram, de muito bom grado, ao jogo sujo com declarações golpistas, atravessadas e sorrateiras.
Se todas essas manobras ficarem por isso mesmo e esses vagabundos continuarem açabarcando a democracia, passando por cima da lei e perseguindo Lula descaradamente, esse país continuará vivendo esse inferno político, econômico e social e não terá paz para poder recomeçar novamente.
Se você está em dúvidas ou simplesmente no mundo da lua ou, ainda, não acredita, saiba que isso é nazifascismo.
Márcio Dias é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte
Os artigos publicados na seção “Opinião Classista” não refletem necessariamente a opinião da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e são de responsabilidade de cada autor.