“O Brasil voltou, 20 anos em 2”. O governo ilegítimo escolheu bem a palavra de ordem para marcar seus dois anos de gestão. A cada dia nosso país coleciona retrocessos e ao nosso povo e às suas futuras gerações são legados um futuro incerto e de desesperança.
Nesta quarta (16) acrescentamos à nossa coleção de retrocesso a nova prévia do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), ele foi recalculado e encolheu para 0,74% em março, fechando o primeiro trimestre de 2018 com queda de 0,13%.
Esse resultado, bem abaixo da expectativa, afeta a confiança de forma generalizada no país, movimento que leva os analistas de plantão a alertarem sobre novo ciclo de retração. A avaliação da pesquisa Focus do Banco Central vêm reduzindo a expectativa de crescimento do PIB desde o início do ano. Agora a expectativa é que fique em 2,51% por cento, em janeiro esse índice era de 3%.
Enquanto Temer comemorava seus dois anos de gestão entreguista e de desmonte total de direitos, o país computa uma economia em recessão, a falta de uma projeto nacional que retome nosso crescimento e emprego. São mais de 13 milhões de desempregados; 10,7 milhões trabalhando sem carteira assinada; e 23 milhões na informalidade (Dados do IBGE, 2018).
A redução da taxa Selic e ganhos sazonais não irão sozinhas superar o cenário de crise que assola nossa país.. A retomada só virá com crescimento econômico forte, alinhado com o aumento do investimento público e privado. Sem isso, somente Temer e sua equipe econômica terão algo a comemorar.
Joanne Mota é jornalista e assessora da CTB Nacional.
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