“Os dados oficiais ignoram 72% das mortes por acidente de trabalho no Rio Grande do Sul. Estes números tendem a aumentar ainda mais”, afirmou o secretário de Relações Institucionais da CTB, Vicente Selistre, ao analisar levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT) qeu investigou o número de mortes que aconteceram em acidentes ou por doenças do trabalho no Rio Grande do Sul, em 2016.
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Segundo ele, 72,5% não chegaram ao conhecimento do INSS, nem dos órgãos fiscalizadores. Selistre explica que um dos fatores desta distorção se dá pela exigência de que só são exigidos comunicados de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada.
Entre os acidentes de trabalho que mais provocam mortes estão a eletricidade, as quedas, os acidentes com motoboy, com trator. O estresse no trabalho, provocado por pressão da chefia para o cumprimento de metas e pelos assédios, figura entre uma das maiores causas de afastamento do trabalho.
367 mortes em 2016
De acordo com o estudo, 206 trabalhadores formais morreram em decorrência de atividades laborais naquele ano no Estado. Apenas 139 óbitos foram informados à Previdência Social.
O impacto é ainda maior quando são incluídas na contagem categorias como trabalhadores informais, servidores públicos não celetistas, empresários e autônomos. Segundo o levantamento, neste caso, o número de acidentes fatais salta para 506 durante todo o ano. Ou seja, 367 mortes que ficaram de fora dos sistemas dos órgãos fiscalizadores.
Portal CTB – Com informações do Jornal Zero Hora