Em São Paulo, o ato em defesa da democracia e da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou na Praça da Sé, às 16h, onde estiveram sindicalistas, políticos progressistas e representantes de movimentos sociais.
Todas as pessoas que iriam discursar tiveram Lula acrescido em seus nomes. “É importante registrarmos que todas e todos somos Lula neste momento de avanço de um golpe que aniquila com os direitos conquistados e com a liberdade”, afirma Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP.
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Os discursos foram se intercalando entre todas as representações presentes ao ato que reuniu milhares de pessoas. “Lutar pela liberdade de Lula representa defender a democracia e a nação, porque estão entregando o nosso patrimônio para empresas estrangeiras”, diz Rene Vicente, presidente da CTB-SP.
Ao se aproximar das 18h, foi iniciada uma marcha pelo centro da capital paulista rumo à Praça da República onde acontecia o show “Lula Livre, Marielle Vive”, em memória da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março, no centro Rio de Janeiro.Cerca de 10 mil pessoas cantaram e dançaram pela liberdade e por justiça.
Por onde passava a marcha, as manifestações de apoio surgiam de trabalhadoras e trabalhadores nas lojas e nos bares, em todos os lugares. Principalmente quando a palavra de ordem era: “Lula Livre”.
O show em defesa da liberdade contou com a apresentação de dezenas de artistas a favor da democracia e do esclarecimento desse cruel assassinato. A lista das músicas, de acordo com os artistas foi escolhida pelo próprio Lula.
Estiveram no palco Fióti, Aíla, Ava Rocha, Alessandra Leão, As Bahias e a Cozinha Mineira, Bia Ferreira, Bixiga 70, Charanga do França, Chico César, DJ David Carneiro, Dada Yute, Drik Barbosa, Eduardo Brechó, Fernando Anitelli, Francisco El Hombre, Felipe Cordeiro, Guizado, Jonnata Doll, Junio Barreto, Lucas Santtanna, Luana Hansen, Luísa Maita, Lurdes da Luz, Mulamba, Nã, Rico Dalasam, Rodrigo, do Dead Fish, Samuca e a Selva e Salloma e Soledad.
Guilherme Boulos, presidenciável do PSOL, afirmou que o avanço do golpe de Estado de 2016 está unindo as forças populares e democráticas. “Temos que ter grandeza de apresentar um projeto de futuro, junto com o desafio de enfrentar os retrocessos”, disse.
“Vários atos estão acontecendo no país inteiro, no mundo inteiro protestando contra a injustiça que foi essa morte de Marielle e também a prisão de Lula. Acho que, quem cometeu esses crimes, contra a democracia não imaginava que haveria uma reação tão grande, tão espontânea”, afirmou Chico César ao cantar a sua canção “Mama África”.
Já Rene Vicente explica que o movimento contra o golpe cresce, “principalmente após a prisão de Lula” e vai avançar ainda mais. Tanto que “as centrais sindicais realizarão um ato conjunto no 1º de maio em Curitiba”, onde o ex-presidente está preso.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB