O 18º Congresso da Federação Internacional da Educação (Fise) começou neste domingo (4), na Cidade do México, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) do México, com a participação de 120 delegados, representando 23 países, dos cinco continentes.
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O Brasil está representado por 14 delegados, com a participação de dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entre elas a secretária de políticas educacionais, Marilene Betros, que também é vice-presidenta da Fise, a secretária nacional de comunicação, Raimunda Gomes, a secretária da Mulher Trabalhadora, Celina Arêas, a presidenta da CTB Minas, Valéria Morato, o presidente da CTB Goiás, Railton Souza, e a assessora da secretaria da Mulher, Márcia Viotto.
Dirigentes brasileiros da Contee – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – também marcaram presença, fizeram a defesa da educação e denunciaram o golpe e a retirada de direitos sociais e trabalhistas. Entre os representantes da Contee no evento, estava Alan Francisco de Carvalho, que passará a integrar a direção da Fise.
Durante a abertura da cerimônia, o dirigente Valentin Pacho, vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), saudou os delegados e leu uma mensagem do secretário geral da FSM, George Mavrikos. Em seguida, discursaram o secretário geral da CNTE, Victor Manuel Zavala, outros dirigentes da confederação mexicana, e o presidente da Fise, Hassan Ismail, e a vice-presidenta Chrysoula Lampoudi.
“Nossa delegação denunciou o golpe, a retirada de direitos e o desmonte do estado brasileiro, e também apresentou propostas de resistência da classe trabalhadora aos ataques imperialistas”, disse Raimunda Gomes, sobre o primeiro dia do congresso.
Em seu discurso, Marilene Betros denunciou a conjuntura política e econômica atual, diante da onda neoliberal que atinge todo o continente latino-americano e impacta, sobretudo, a classe trabalhadora.
“Esse congresso acontece em um momento muito importante, porque tem o desafio de buscar unidade do profissional de educação e da classe trabalhadora para fortalecer a luta dos trabalhadores por uma educação pública e de qualidade socialmente referenciada. Mantendo os direitos conquistados e ampliando-os, com a derrota deste sistema capitalista e a construção do socialismo”.
Ao longo da tarde de ontem, os debates foram marcados por denúncias das política educacionais nos países e das condições de trabalho dos docentes. Em sua intervenção, Valéria Morato denunciou o golpe no Brasil e suas consequências para todos os trabalhadores em educação, que passaram a ter “contratos de trabalho igualados aos contratos de Uber” – totalmente desregulamentados.
“O golpe derruba um projeto popular e instaura um projeto ultraliberal, que está entregando todas as áreas estratégicas do Brasil, como o petróleo, a energia elétrica e, inclusive, o banco central para o grande capital. Brasil está sendo vendido a preço de banana”, disse a dirigente.
Entre as entidades da rede pública presentes: a APLB sindicato, representada por Rui Oliveira, o SINTEAM, a APEOESP e o Sinproesemma, representado por Raimundo Oliveira. No setor privado, o Sinpro-MG, Sinpro/GO, Sinpro-Campinas, Sintrae-MT
O congresso segue nesta segunda (5) com mesas de debates até o encerramento no início da noite. Confira algumas fotos do evento:
Discursos do vice-presidente da FSM, Valentin Pacho (acima), de Marilene Betros (abaixo), de Valéria Morato, o representante da Contee, Alan Carvalho e a delegação brasileira da CTB
Portal CTB com fotos e informações de Raimunda Gomes