Acabar com a violência contra as mulheres

“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida”. (Simone de Beauvoir)

Acabou neste domingo (10) – Dia Internacional dos Direitos Humanos – a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro a 10 de dezembro) é uma luta de mulheres e homens pela conquista de um mundo sem violência, um mundo de paz. 

A campanha criada em 1991 já ocorre em mais de 160 países com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres: agressão física, humilhação, perseguição, estupro, intimidação,manipulação, assédio (moral e sexual), insulto, chantagem, calúnia, coação,difamação e retenção ou subtração de documentos, valores e bens pessoais são algumas das formas de violentar e subjugar as mulheres.

Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, mais de 33% das mulheres no mundo são vítimas de violência física ou sexual e quase metade das que morrem por homicídio são assassinadas por atuais ou ex-parceiros.

Em 2017 no Brasil, numa conjuntura de golpe, de menos democracia e de retirada de direitos, onde nós mulheres somos as mais atingidas, principalmente a mulher negra, o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais orientou às seções estaduais das Centrais Sindicais a fundarem os fóruns estaduais e que, unificadamente, realizassem atos pelo fim da violência contra as mulheres e contra todas as reformas de retirada de direitos da classe trabalhadora e participação das manifestações contra a reforma da previdência no dia 6 de dezembro (Dia dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres).

As mulheres precisam enfrentar todos os tipos de violência no mundo do trabalho, sindical, doméstico e na sociedade de modo geral.

Nesses dez anos de fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil que nasceu com a intenção de dar voz e vez às mulheres que são mais da metade da população, a mais de 48% da mão de obra no mercado de trabalho, é imprescindível lutar pela equidade de gênero em todas as suas instâncias.

Lutar…….resistir……mobilizar….Conquistar. 

Celina Arêas é secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Foto: George Campos

Os artigos publicados na seção “Opinião Classista” não refletem necessariamente a opinião da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e são de responsabilidade de cada autor.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.