A Federação Sindical Mundial (FSM), entidade a qual a CTB é filiada, enviou uma nota, nesta terça-feira (8) condenando “energicamente a repressão do Estado brasileiro que invadiu a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF)”, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na última sexta-feira (4), cerca de 10 viaturas da polícia civil invadiram o local. De acordo com relatos eles pularam o portão da escola e a janela da recepção e entraram atirando, com armas letais, em direção às pessoas.
Leia a íntegra da nota:
Federação Sindical Mundial diz não à criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
A Federação Sindical Mundial, representando 92 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que estão vivendo e lutando em 126 países do mundo, se solidariza com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Desde sua fundação, a FSM sempre esteve ao lado dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, onde quer que estivessem, apoiando suas lutas pela terra.
Acreditamos que a luta do MST é também uma tarefa de todo o movimento sindical. Além disso, condenamos energeticamente a repressão do Estado brasileiro que invadiu a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), um espaço que pertence ao MST em Guaranema, São Paulo, em 4 de novembro; 2 pessoas ficaram feridas.
É claro que estamos vivendo num período de criminalização dos movimentos sociais e de perseguição contra cada um que conteste o sistema patrimonial brasileiro.
É por esta razão que se suscita a questão de legitimidade de cada organização que não se submete. Por nossa parte, assinalamos, mais uma vez, que a terra é para quem a trabalha.
Continuaremos firmemente a apoiar as iniciativas de nossos filiados e amigos no Brasil.
Viva a solidariedade internacionalista!
Atenas, 8 de novembro de 2016
Secretariado da Federação Sindical Mundial
Portal CTB
Foto:MST